Gestão de resíduos sólidos no Am será feita por calhas de rios, anuncia kamila Amaral

Secretária Kamila Amaral/Foto: W. redman
Secretária Kamila Amaral/Foto: W. redman
Secretária Kamila Amaral, da SDS/Foto: W. Redman
Kits de equipamento a serem  encaminhado ao interior/Foto: W. Redman
Kits de equipamento a serem encaminhado ao interior/Foto: W. Redman

A secretária estadual de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, Kamila Amaral, disse hoje, quinta-feira (08), que a gestão de resíduos sólidos nos municípios do interior do Amazonas será feita por calhas de rios, medida que vai nortear o processo de elaboração do Plano de Gestão e Gerenciamento de Resíduos Sólidos do Estado e da Região Metropolitana de Manaus, lançado hoje, quinta-feira (08) e que vai estabelecer uma nova política para a questão.

Segundo a secretária de Meio Ambiente do Amazonas, a gestão por calha de rios é o caminho mais adequado para promover avanços nos sistemas de coleta e despejo adequado de lixo no interior, onde distâncias geográficas são um entrave. O sistema de zoneamento de resíduos é inspirado nos modelos de zoneamentos ecológicos e econômicos, que viabilizam o desenvolvimento sustentável por microrregiões.


“O plano estadual visa enxergar essas realidades e trazer ações que atendam cada microrregião, fazendo um verdadeiro zoneamento de resíduos sólidos. Pela imensidão geográfica, a opção mais inteligente e estratégica é trabalhar com as calhas de rios. Já temos zoneamentos ecológicos e econômicos trabalhados na calha do Purus, Madeira e, na política de resíduos sólidos, a estratégia será a mesma”, frisou a secretária, ressaltando que a nova política que será criada pelo governo amazonense deve consolidar o trabalho feito com os planos municipais de resíduos sólidos, aprovados em 58 municípios.

Prefeitos do interior, secretários de meio ambiente, representantes de entidades ligadas à coleta seletiva e ambientalistas participaram do lançamento do plano de gestão de resíduos sólidos, nesta quinta-feira. Na solenidade, que ocorreu na sede do Governo do Estado, no bairro da Compensa, zona oeste de Manaus, foram assinados os termos de serviço para a elaboração dos planos e as portarias que nomeiam os membros do Comitê Consultivo Estadual de Gestão e Gerenciamento de Resíduos Sólidos, o que significa um avanço importante na implantação da Política Nacional de Resíduos Sólidos no Amazonas.

O grande desafio dos planos de gestão é promover avanços na implantação de aterros sanitários em substituição aos lixões. Segundo o Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas (Ipaam), nenhum município do interior tem aterro sanitário. Em Manaus, o aterro encontra-se em processo de análise documental para a concessão de licenciamento. “Implantar os aterros sanitários é o desafio do momento e que a gente tem de encaminhar. As responsabilidades estão no âmbito municipal, mas deverão estar em um programa em sintonia com o Governo do Estado”, frisou o presidente do órgão, Antônio Stroski.

O investimento na elaboração dos planos é de R$ 4 milhões, em parceria com o Governo Federal. A previsão de entrega da nova política é de um ano. Nesse período, além do levantamento de informações, audiências e consultas públicas ocorrerão nos municípios para identificar problemas crônicos e buscar as alternativas.

Para a coleta de lixo nos municípios, o Governo do Estado avança em melhorias. Oito municípios foram beneficiados, este ano, com caminhões para recolhimento de lixo. Em junho, outros 30 vão receber novos veículos, como parte da programação do Dia Mundial de Meio Ambiente.

Fortalecimento ambiental municípios – A solenidade de lançamento dos Planos de Gestão e Gerenciamento de Resíduos Sólidos do Estado e da Região Metropolitana de Manaus também foi marcada pela entrega de novos equipamentos para fortalecer a estrutura de monitoramento ambiental em 33 municípios do interior.

Entre os equipamentos direcionados a secretarias municipais de meio ambiente, estão notebook, impressora multifuncional, nobreak, máquina fotográfica digital, projetor de imagens, fax, GPS e software track mack. Os recursos são oriundos do Fundo Estadual de Meio Ambiente (Fema), conforme aprovado pelo Conselho Estadual de Meio Ambiente.

Estão sendo contemplados os municípios de Alvarães, Amaturá, Anamã, Anori, Atalaia do Norte, Barcelos, Barreirinha, Benjamin Constant, Boa Vista do Ramos, Borda, Caapiranga, Coari, Eirunepé, Fonte Boa, Ipixuna, Itamarati, Japurá, Jutaí, Lábrea, Manacapuru, Manaquiri, Manicoré, Maraã, Novo Airão, Novo Aripuanã, Pauini, Santo Antônio do Içá, São Gabriel da Cachoeira, Silves, Tapauá, Tefé, Uarini e Urucará.

Também serão beneficiados o Conselho Estadual de Meio Ambiente (Cemaam), Fórum Permanente das Secretarias Municipais de Meio Ambiente do Amazonas (Fopes-AM), o Instituto Ambiental Amigos da Natureza (Iaan), a Federação dos Trabalhadores na Agricultura (Fetagri) e o Instituto Ecológico e Comunitário da Amazônia (Iecam).

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