
Pareceu um suspiro de alívio ou uma prestação de contas do presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Gilmar Mendes, de que a eleição suplementar realizada nesse domingo (06) no Amazonas pode ter sido “dos males, o menor”.
Gilmar chegou a brincar com o resultado do pleito em uma coletiva de imprensa na sede do Tribunal Regional Eleitoral (TRE). “Entre mortos e feridos, nos salvamos todos”, disse ele numa clara demonstração de que há preocupação no êxito dessa eleição convocada após a cassação do governador José Melo (Pros) por alegada compra de votos nas eleições de 2014.
Excepcionalmente, o ministro desembarcou no domingo (6), em Manaus, para visitar o quartel-general da eleição suplementar para o governo do Amazonas, para confirmar o que todos já sabiam: o vencedor só será diplomado após o julgamento, pelo TSE, dos últimos recursos da defesa de Melo, que ainda não foram marcados.

Mendes garantiu, porém, que o processo não corre mais risco de ser suspenso ou anulado. “Essa questão está praticamente resolvida”.
Segundo o que pensa Gilmar, a decisão é definitiva. Claro que pode haver recursos ao STF, mas a reclamação (embargos de declaração) é mais de índole formal, o fato de ter se mandado cumprir o julgado sem a publicação do acórdão. O eleitor amazonense pode ir às urnas com segurança.
O presidente do TSE também disse que houve “perplexidade” diante da decisão da execução imediata do julgado antes da publicação do acórdão e da tentativa que se fez de suspensão do pleito, que durou alguns dias. “Entre mortos e feridos, nos salvamos todos, diante da perplexidade do processo. Resolvemos bem uma tensão constitucional”, afirmou Mendes em entrevista coletiva.
Com colaboração do Portal OLM