
Jecinaldo Sateré Cabral, Coordenador Geral dos Direitos Sociais Indígenas do Departamento de Promoção da Política Indigenista, do Ministério dos Povos Indígenas, está prestes a embarcar para o Amazonas.
Sua missão, dada pela Ministra Sônia Guajajara, é de extrema urgência com ele sendo destacado para resolver o conflito entre a Empresa Potássio do Brasil, que explora o minério na região dos povos indígenas Mura, no município de Autazes, há 112.45 km de distância de Manaus, Amazonas.
A Empresa Potássio do Brasil, cujas atividades de exploração mineral têm impacto direto no território indígenas Mura, desencadeou conflitos que podem ameaçar a sobrevivência dessas comunidades caso não haja uma solução urgente para a questão.
Para Jecinaldo, a extração de potássio pode afetar negativamente os recursos naturais, comprometer o meio ambiente, a segurança alimentar, a saúde a sobrevivência dos povos Mura e Sateré-Mawé além de destruírem os seu habitat, o que inclui, entre outros, a transmissão de seus mitos, lendas, crenças, valores.
Nomeação
O recém nomeado Coordenador Geral dos Direitos Sociais Indígenas, fará abordará os representantes da Mineradora com base nos direitos humanos e na legislação brasileira, aliada ao conhecimento das dinâmicas sociais e culturais dos povos indígenas. Ele pretende identificar soluções justas e viáveis para o conflito de forma consensual.

Desafios
Jecinaldo Sateré afirmou que sabe dos desafios da sua missão. O conflito entre a Empresa Potássio do Brasil e os povos indígenas Mura é complexo e envolve muitos interesses. No entanto, sua presença no território é para encontrar solução justa e equilibrada, que possam evitar conflitos entre as partes.
A nomeação de Jecinaldo Sateré Cabral para essa tarefa, segundo fontes das comunidades indígenas, é o reflexo do seu compromisso com os direitos indígenas e sua vasta experiência na área. A trajetória de Jecinaldo é marcada pela defesa das comunidades indígenas, buscando preservar a cultura, o território e a vida tradicional dos povos indígenas da Regão.

Nascido na aldeia Sahu-Apé, da etnia Sateré-Mawé, Jecinaldo, na região do municípios de Maués-Amazonas, ele cresceu imerso na sua cultura e teve pode conhecer ainda jovem, os desafios enfrentados pelos povos indígenas. Sua formação acadêmica em Direito, aliada à sua vivência nas comunidades indígenas, proporcionou a ele, uma visão única e uma abordagem equilibrada para lidar com conflitos dessa natureza.
A chegada de Jecinaldo Sateré Cabral ao Amazonas traz a esperança de diálogo respeitoso entre a Empresa Potássio do Brasil e os povos indígenas Mura.
Contudo, a intenção principal da sua missão é a de resguardar os direitos indígenas, aliado às necessidades econômicas e a sustentabilidade do projeto favorável aos povos indígenas da região.
Édson Sampaio