Em discurso em Dallas nesta quinta-feira (16), durante homenagem da Câmara de Comércio Brasil-Estados Unidos a Jair Bolsonaro, o ministro da Economia, Paulo Guedes, falou, ao lado do presidente, que irá entregar o Banco do Brasil ao Bank of America aos moldes do que “já fizemos entre a Embraer e Boeing”. Ele já havia anunciado esta intenção antes da posse.
“Vamos procurar fazer uma fusão entre o Banco do Brasil e o Bank of America. São bancos bons para empréstimos agrícolas. Já fizemos uma nova relação entre a Embraer e Boeing. Vamos construir empresas transnacionais. Vamos ultrapassar as nossas fronteiras na procura de melhores oportunidades econômicas”, disse o ministro, de acordo com a transmissão da TV Brasil.
Em novembro, antes de tomar posse, o titular da pasta anunciou esta intenção. “Guedes acredita que a fusão abriria a porta para o Bank of America atuar no Brasil e assim aumentar a competição no setor bancário, altamente concentrado”, disse.
O governo dá continuidade à destruição da soberania nacional travestida de um discurso de aumento da competição bancária. Bolsonaro e Guedes colocam em prática uma agenda que torna o Brasil uma espécie de “colônia” norte-americana, onde quem manda são os grandes empresários dos EUA.
Submissão deixa o Brasil em situação vexatória no cenário internacional.
O Bank of America é a segunda maior holding bancária nos EUA e, desde 2010, é a quinta maior empresa americana em termos de receitas totais, e a terceira maior empresa não petrolífera dos Estados Unidos.
A revista Forbes lista o Banco do Brasil como a terceira maior empresa do mundo.
247, com Revista Forum