Guerra fratricida no grupo dominante – por Carlos Santiago

Carlos Santiago é Sociólogo, Analista Político e advogado - Foto: Divulgação / Arquivo Pessoal

A guerra fratricida entre os membros do grupo político que venceu a eleição suplementar para governador do Amazonas em 2017 pode causar uma dura derrota para o governo do estado nas eleições gerais de 2018.


Na eleição suplementar de 2017, políticos e partidos tradicionais reuniram-se numa coligação eleitoral que envolvia o prefeito de Manaus, Arthur Neto (PSDB), o senador Omar Aziz (PSD), o deputado Pauderney Avelino (DEM), o deputado Silas Câmara (PRB) e o atual governador Amazonino Mendes (PDT).

Essa união de líderes e de partidos foi fundamental para a vitória no pleito. No entanto, logo depois da posse do governador eleito, houve um distanciamento das principais lideranças do PSD, PSDB, DEM e PRB do governador Amazonino.

Não só aconteceu um distanciamento político, mas também, iniciou-se uma “guerra“ nos bastidores, entre membros do grupo, a fim de desgastar a imagem do governador e de seus ex-correligionários. Entraram em cena blogs, sites de notícias, jornais engajados, comentaristas radiofônicos, todos com um intuito: produzir desgastes junto à opinião pública.

Carlos Santiago é Sociólogo, Analista Político e advogado – Foto: Divulgação / Arquivo Pessoal

Essa guerra é para saber quem controla o poder estadual e por vaidades, o que vem favorecendo, inclusive, o surgimento de líderes de oposição e de celebridades fora da arena política, mas com boa aceitação popular. As últimas pesquisas de opinião registradas e divulgadas sobre os vários cenários eleitorais das eleições ao governo 2018 demonstram isso. Um cenário político alimentado também pelo cansaço do eleitor e pela busca de novas opções.

A guerra travada pelo grupo vencedor em 2017, não tem ajudado nenhum dos seus líderes, ao contrário, indica que uma derrota do grupo para a oposição ou celebridade televisiva é uma possibilidade bastante palpável.

Mas até onde vai essa “guerra”? Pode ir até a derrota ou até a próxima pesquisa. Tudo é possível num clima de guerra fratricida pelo poder e por vaidades.

Carlos Santiago é Sociólogo, Analista Político e advogado.

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