Homem que atacou policial na Notre Dame é doutorando argelino

Policial aponta arma para autor do ataque/Foto: Reuters

O autor do ataque a marteladas contra um policial diante da catedral de Notre Dame, em Paris, nesta terça-feira, jurou fidelidade ao Estado Islâmico (EI) em vídeo antes do ataque. O homem identificado como Farid Ikken é argelino e chegou na França em março de 2014. Durante o ataque, no qual acabou ferido a tiros, o agressor também trazia duas facas de cozinha e uma identidade de estudante que o mostrava como um argelino de 40 anos.
Policiais franceses encontraram no quarto de Ikken um vídeo que o mostra jurando fidelidade ao grupo e falando dos planos de cometer atentados.


Ikken é argelino, nascido em 1977, e chegara na França em março de 2014. Ele foi identificado como pesquisador formado em Ciências Sociais e doutorando em Jornalismo na Universidade de Lorraine, onde prepara uma tese sobre a imprensa no Norte da África.

Policial aponta arma para autor do ataque/Foto: Reuters

O potencial terrorista gritava “Isso é pela Síria” enquanto agredia o agente de segurança, informou o ministro do Interior da França, Gérard Collomb. O autor do crime, que agiu sozinho, reivindicou durante a agressão ser um “soldado do califado” do Estado Islâmico. Ele foi ferido por tiros de pistola de um segundo policial.

— Um homem veio por trás desses policiais, armado com um martelo, e começou a agredir um deles. Seus colegas reagiram com compostura e atiraram — explicou Collomb à imprensa em coletiva próxima à catedral. — Ele se apresentava como um estudante argelino e estava munido de uma carta, cuja autenticidade está sendo verificada.

O agressor, que tem cerca de 40 anos, foi direcionado a um hospital, e o policial ferido não corre risco de vida.

A seção antiterrorista da Procuradoria de Paris abriu uma investigação sobre a situação. Segundo o jornal “Le Figaro”, a Brigada de Busca e Intervenção foi enviada ao local para encontrar um possível cúmplice do crime. A área foi totalmente interditada pelas autoridades.

A prefeita de Paris, Anne Hidalgo, elogiou o “sangue frio, profissionalismo e calma dos policiais e equipe da Notre Dame” após o ataque. Ela disse que ficou “impressionada pela calma ao entrar na catedral”.

“Havia entre 900 e 1 mil pessoas, dos quais muitos turistas”, indicou a autoridade no Twitter. “Todos os lugares turísticos são extremamente assegurados com um dispositivo de vídeo-vigilância, uma presença de policiais e militares. Temos uma segurança máxima”.

A Catedral de Notre Dame, situada bem no centro turístico de Paris, está localizada em frente à sede da polícia parisiense. É um dos monumentos mais visitados da Europa, com 13 milhões de visitantes por ano.

A França está em estado de alerta máximo após uma onda de ataques terroristas que fizeram 239 mortos desde 2015. Em 20 de abril, na famosa avenida parisiense Champs Elysées, um francês de 39 anos matou um policial de 37 anos com dois tiros na cabeça e feriu dois outros agentes e uma turista alemã, antes de ser morto. Em 13 de novembro de 2015, um comando extremista que jurou lealdade ao Estado Islâmico matou 130 pessoas em várias partes da capital francesa, no pior ataque em território francês. O EI ameaça com frequência a França por sua participação na coalizão militar internacional anti-extremista no Iraque e na Síria.(G1/O Globo)

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