
Desde novembro de 2024, o Ibama, em parceria com outras entidades do governo federal, realiza operações de desintrusão na Terra Indígena Munduruku. O foco é fiscalizar mineradoras com Permissões de Lavra Garimpeira (PLGs) na Área de Proteção Ambiental (APA) Tapajós, próximas à TI Munduruku.
Foram identificadas irregularidades graves, como o uso indiscriminado de mercúrio (com apreensão de 4,975 kg sem comprovação de origem legal), despejo de sedimentos nos rios e mineração em áreas de preservação permanente, causando severa poluição e danos ecológicos. Como medida cautelar, o Ibama suspendeu 331 PLGs e apreendeu 13 escavadeiras, 45 motores de garimpo e 25.700 litros de diesel.

Confira as principais apreensões e desativações como resultado da operação:
- PLGs suspensas: 331;
- Mercúrio: 4,975 kg;
- Escavadeiras hidráulicas: 13;
- Dragas escariantes: 16;
- Tratores (de esteira e pneus): 3;
- Motores de garimpo: 45;

- Diesel: 25.700 L;
- Acampamentos: 8;
- Geradores: 12;
- Antenas de comunicação: 4;
- Quadriciclo: 1;
- Suprimentos: 1.000 kg.
A operação, coordenada pela Casa Civil e supervisionada pelo STF, visa proteger os indígenas e o meio ambiente, interrompendo a exploração ilegal de recursos minerais e restaurando áreas degradadas. A bacia do Tapajós, foco de intenso garimpo ilegal, tem registrado altos índices de desmatamento e contaminação. Desde 2023, o Ibama já apreendeu 16 aviões e 274 máquinas de garimpo na TI Munduruku, além de identificar 56 pistas de pouso ilegais.
Fonte: Ibam.gov