O governo da Índia autorizou as exportações comerciais de vacinas contra a Covid-19, disse o secretário de Relações Exteriores indiano, Harsh Vardhan Shringla, à agência de notícias Reuters. A informação foi confirmada pela TV Globo com o Consulado indiano em São Paulo.
As primeiras doses da vacina desenvolvida pela Universidade de Oxford e pela AstraZeneca, que são fabricadas pelo Instituto Serum da Índia (SII), devem ser enviadas para Brasil e Marrocos nesta sexta-feira (23).
Até o momento, a Índia havia apenas enviado remessas de vacinas, gratuitas, a países vizinhos (leia mais abaixo).
Segundo o Consulado em São Paulo, um avião do Instituto Serum partirá da Índia na sexta e deve desembarcar no aeroporto de Guarulhos ainda no sábado (22). De lá, o carregamento será enviado para a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), no Rio de Janeiro, para ser etiquetado e armazenado.
O G1 entrou em contato com o Ministério da Saúde a respeito e, até a última atualização desta reportagem, não havia obtido resposta. A reportagem também perguntou à AstraZeneca sobre a entrega das vacinas contratadas e atualizará esta matéria assim que tiver uma posição oficial.
Exportações indianas
O secretário das Relações Exteriores da Índia disse à Reuters que o fornecimento comercial da vacina começa na sexta-feira. Na quarta (20), o país começou a enviar suas primeiras doses para o país vizinho, Butão.
Na quinta-feira (21), a Índia enviou 1 milhão de vacinas contra Covid de graça ao Nepal.
Shringla explicou que as remessas estão de acordo com o compromisso do primeiro-ministro Narendra Modi de que as capacidades de produção da Índia seriam usadas para “toda a humanidade” para combater a pandemia.
“Seguindo essa visão, respondemos positivamente aos pedidos de países de todo o mundo de fornecimento de vacinas manufaturadas na Índia, começando pelos nossos vizinhos”, disse ele, referindo-se ao fornecimento gratuito.
“O fornecimento das quantidades comercialmente contratadas também começará a partir de amanhã (sexta), começando por Brasil e Marrocos, seguidos de África do Sul e Arábia Saudita”, acrescentou.
Fonte: G1