Indígenas não foram consultados para licença da BR-319

A propalada e conturbada pavimentação da BR 319, volta à pauta do governo, novamente - foto: recorte/recuperada

Indígenas e ambientalistas não estão satisfeitos com a licença prévia emitida pelo Ibama para a reconstrução de um trecho da BR-319. De acordo com as lideranças, não houve a devida consulta prévia às comunidades locais para a obras.


Além disso, o consentimento por parte dos indígenas é obrigatório por lei. No entanto, a efetivação tem como problema a falta de regulamentação.

Em 2019, o governo Bolsonaro encomendou um novo estudo para permitir que o Ibama emitisse a licença prévia no último dia 28. A proposta foi aprovada.

“Nós, Parintintins das Terras Indígenas Nove de Janeiro e Ipixuna, fomos ouvidos dentro do estudo de componente indígena [competência da Funai, a Fundação Nacional do Índio], que já é dentro do processo de licenciamento, mas não foi feita nenhuma consulta prévia, antes de começar o processo de licenciamento. Não veio ninguém. Quando veio, foi para construção do estudo”, questiona Raimundo Parintintin, coordenador do povo na região, à Folha.

Já segundo os Apurinã, nem sequer durante o estudo de componente indígena houve diálogo.

“Não teve um estudo do componente indígena diretamente com meu povo, apenas uma apresentação rápida na Terra Indígena São João e Tauamirim. Nós não nos sentimos [consultados]. Não houve consulta livre, prévia e informada”, relatou o cacique Zé Bajaga, coordenador geral da Federação das Organizações e Comunidades Indígenas do Médio Purus.

Com informações da Folha

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