A temporada de prevenção contra incêndios nas unidades de conservação federais em Roraima começou com queimas prescritas realizadas por brigadistas do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) e do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama), com apoio da Força Nacional.
A ação integra um plano mais amplo de proteção da Amazônia, abrangendo também terras indígenas, como a Terra Yanomami. O Plano de Queimas cobre as Florestas Nacionais de Roraima e Anauá, os Parques Nacionais do Viruá e Serra da Mocidade, e a Estação Ecológica de Niquiá. Ele foi elaborado pelo Núcleo de Gestão Integrada Roraima e pelo Prevfogo/Ibama.
O objetivo é proteger ecossistemas sensíveis, como fragmentos florestais, matas ciliares e campinaranas. As queimas controladas reduzem material combustível, como folhas secas, evitando incêndios descontrolados e protegendo áreas vizinhas, como a Terra Indígena Yanomami.
Pelo segundo ano, o ICMBio e o Prevfogo utilizam o equipamento Sling Dragon, que, acoplado a helicópteros, permite a aplicação de queimas com maior escala e segurança. Esse dispositivo foi essencial em 2023 para conter incêndios no Parque Nacional do Viruá e na Estação Ecológica de Niquiá.
A janela de queima em Roraima difere do restante do país por sua localização no Hemisfério Norte. Segundo Bruno Campos, do NGI Roraima, as atividades são parte do Manejo Integrado do Fogo, focando na prevenção e proteção de ecossistemas e povos indígenas.
Além das queimas, o Ibama e o ICMBio promovem sensibilização junto às comunidades locais e desenvolvem pesquisas com a Universidade Federal de Roraima para diagnosticar áreas degradadas e planejar sua regeneração. A operação também conta com brigadistas e especialistas de outros estados.
Fonte: Ibama.gov
