Invasores de calçadas estreitam e “enfeiam” as ruas de Manaus

O meio metro a mais, construído sorrateiramente em cima das calçadas em todos os bairros de Manaus, está deixando as ruas cada vez mais estreitas e os cidadãos sem condições de transitar normalmente pelas ruas, sem correr o risco de ser atropelados.


O quadro é tão grave, que ninguém sabe mais como controlar o avanço das residências em direção à rua. Mesmo que o morador não precise do “meio metro a mais”, que hoje está criando gargalos e becos em quase todas as vias de Manaus, ele invade e cria impedimentos em locais onde antes haviam ruas largas com calçadas livres para os pedestres.

No apagar das luzes de 2015, a Câmara de vereadores colocou em pauta a mini reforma do Plano Diretor Urbano e Ambiental, numa ação prevista para ser votada no início do exercício administrativo de 2016, mas o que vai ser votado é o habits simplificado, a regularização das obras construídas, para obtenção de títulos definitivos.

A questão das invasões, elas já existem dentro do código de postura dos órgãos municipais de fiscalização de obras há bem mais tempo, mas de acordo com informações obtidas junto ao Instituto Municipal de Planejamento Urbano (Implurb), pressupõe-se que o órgão não tem uma “bola de cristal” para saber com antecedência, onde e quando será a nova invasão e nem quem serão os novos e os contumazes invasores de calçadas e áreas públicas na cidade.

O Impub tem uma equipe “mínima” de no máximo 30 fiscais para aproximadamente 15 mil ruas, distribuídas em 63 bairros. Humanamente, imagina-se impossível manter uma fiscalização efetiva com um número de fiscais tão reduzido assim. Entretanto, o órgão comemora o aumento de 39% no número de intervenções em 2015, em relação a 2014. Inclusive, em bairro ditos de classe média alta. “Foram 127 demolições realizadas até dia 14 de dezembro, com aumento de 39,5% no volume comparado a igual período de 2014”, diz nota no site do Implub.

A questão toda, pode ser cultural, faz parte do comportamento do cidadão manauara. Ele avança suas obras em direção à rua, constrói escadas onde deveria ser o passeio público (foto), coloca todo tipo de objetos para demarcar estacionamentos em frente aos seus estabelecimentos, rouba cones em festas municipais par serem usados nos seus comércios e residências, jogam lixo por todos os lados.

A invasão é tão gritante, que o poste de iluminação pública ficou dentro do quintal do cidadão.
A invasão é tão gritante, que o poste de iluminação pública ficou dentro do quintal do cidadão.

Os manauaras enfeiam a cidade de tal maneira, que hoje fica difícil a qualquer órgão público fazer um ordenamento racional necessário na cidade de Manaus.

Sem educação e sem colaborar, o cidadão continua invadindo, estreitando ruas, mesmo ciente do delito cometido. O problema é tão grave, que já não existe sequer, calçadas em alguns bairros da cidade. A denúncia feitas por moradores ao órgão, ainda é uma boa medida para barrar esses invasores.

Com a colaboração de pessoas incomodadas com esse “enfeiadores”, os invasores podem ser notificados, embargados, multados quando a obra estiver “fora demais dos padrões comum”. Caso não se regularize, ele pode ser multado outra vez e após várias tentativa, pode chegar a uma demolição da obra irregular.

Quando não existe investimentos em educação para inverter a cultura invasora do cidadão, então é necessário usar a força policial, a força da Lei e tratores. Lamentavelmente, é o que vem sendo feito em Manaus. Deixa-se invadir, para depois usar a força. O certo não seria educar, para colher os louros depois?

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1 COMENTÁRIO

  1. Infelizmente o descaso com os trauseuntes são frequentes, exemplo no Nova Cidade as Distribuidoras de Bebidas tomaram contas das calçadas e temos que nos arriscar em andar pelas ruas, pois não existem espaço para nos transitar-mos, onde estão as autoridades.

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