Irmão do senador Omar Aziz cai em nova operação da PF

Foto: Divulgação

O empresário Murad Aziz, irmão do senador Omar Aziz, e a sede do Grupo Bringel, do ramo de equipamentos hospitalares estão entre os alvos da nova operação da Polícia Federal deflagrada hoje (11), nas primeiras horas da manhã. Ao total, a Polícia Federal empreendeu 16 mandados de prisão preventivas.


A Polícia Federal deflagrou nesta quarta-feira (11) a operação “Cash Black” que investiga uma quadrilha suspeita de desviar mais de R$ 200 milhões de verba destinada à saúde no Amazonas. A ação é um desdobramento da operação custo político, que prendeu o ex-governador José Melo e ex-secretários de saúde, em dezembro de 2017.

A operação deve cumprir 14 mandados de prisão e 40 de busca e apreensão em um condomínio de luxo, na Zona Centro-Sul de Manaus, e outros pontos da cidade. Ao todo, 150 agentes da PF estão envolvidos na ação.

O grupo teria ligação com o empresário e médico Mohamed Mustafá – dono de uma cooperativa de saúde e apontado como chefe esquema. Conforme a investigação, Mustafá ganhava licitações para prestar serviços em troca de pagamento de propina a políticos e funcionários públicos.

Foto: Divulgação

De acordo com PF, a operação é resultado da perícia realizada em celulares e computadores dos suspeitos identificados na custo político, que identificou trocas de mensagens entre os investigados e descobriu mais empresários, advogados e políticos envolvidos no esquema de corrupção. Falsificação de notas fiscais, empresas fantasmas e lavagem de dinheiro estão entre os crimes cometidos.

Custo político

A operação, realizada em 2017, e resultou na prisão de dois ex-secretários de saúde, um ex-secretário de administração e gestão e um ex-chefe da casa civil, bem como dois ex-secretários executivos da secretária de saúde do amazonas, além do ex-governador do estado do Amazonas, José Melo, cassado por compra de votos nas eleições de 2014.

NOTA À IMPRENSA

NOTA À IMPRENSA MANAUS/AM – A Polícia Federal deflagrou nesta data a fase ostensiva da investigação policial denominada “Operação Cashback”, que investiga a prática de crimes de peculato, lavagem de capitais e organização criminosa. Os delitos foram praticados por empresários que forneciam produtos e serviços à organização social (pessoa jurídica sem fins lucrativos – ONG), não alcançados na primeira fase da operação Maus Caminhos.

Apurou-se no inquérito policial que, dentre as fraudes identificadas, o modus operandi utilizado pela organização criminosa para o desvio de recursos públicos, consistia na realização de pagamentos superfaturados em preço e/ou quantidade, com a posterior devolução de parte do valor pago. Por essa razão, o nome da operação policial faz alusão ao modelo de compras que devolve parte do dinheiro ao consumidor.

Apenas em um dos contratos dessas empresas com o Estado do Amazonas, no valor de R$ 552 milhões de reais, foi identificada fraude no valor de R$ 140 milhões de reais.

As medidas, 16 mandados de prisão temporária e 40 mandados de busca e apreensão, além de mandados de bloqueios de contas e de sequestro de bens móveis e imóveis, foram expedidas pela Justiça Federal, após manifestação do Ministério Público Federal, e cumpridas por 150 policiais federais.

Fiscalizações e auditorias complementares foram realizadas pelos órgãos técnicos. De acordo com a Receita Federal, existem indícios de fraudes fiscais da ordem de 100 milhões de reais, cujas autuações podem alcançar R$ 75 milhões de reais. Segundo a CGU, foram identificados desvios de recursos públicos da ordem de R$ 142 milhões de reais.

Será realizada coletiva de imprensa às 11:00 horas de 11/10/2018 na Sede da Superintendência da Polícia Federal no Amazonas

Comunicação Social Superintendência Regional da Polícia Federal no Amazonas

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