Itália resgatou 638 imigrantes em alto-mar, informa guarda costeira

Imigrantes dizem que não avaliação de quantos mortos/Foto: reuters
Imigrantes dizem que não avaliação de quantos mortos/Foto: reuters
Imigrantes dizem que não avaliação de quantos mortos/Foto: Reuters

Mais 638 imigrantes foram resgatados ontem, segunda-feira (20), em alto-mar após seis operações de socorro diferentes, informou hoje, terça-feira (21), a Guarda Costeira da Itália em comunicado.
Os imigrantes viajavam a bordo de seis barcos em águas da costa da Líbia e receberam assistência do navio “Fiorillo” da guarda costeira, de uma embarcação mercante e da Marinha italiana.


As primeiras 93 pessoas resgatadas, entre elas 12 mulheres e duas crianças, foram levadas na noite passada à ilha de Lampedusa, no sul do país.

Atualmente a Guarda Costeira presta socorro a um pesqueiro lotado de imigrantes a 80 milhas ao sul da Calábria, para onde também se dirigem dois navios mercantes.

O fluxo de imigrantes procedente do litoral norte-africano em direção à Itália parece não ter fim, em grande parte, devido às boas condições do mar.

Centenas de mortos

No domingo (19), um pesqueiro naufragou na costa da Líbia. A Agência da ONU para os Refugiados (Acnur) estima que 800 pessoas morreram na tragédia. Apenas 28 sobreviveram.

De acordo com as declarações de alguns sobreviventes, 700 e 950 pessoas estavam na embarcação. Cerca de 50 eram crianças e havia também outras 200 mulheres a bordo. Até agora foram localizados 28 corpos do mar, todos transferidos ao porto de Valletta, em Malta.

Vários sobreviventes afirmaram que a causa do acidente foi a colisão do navio pesqueiro no qual viajavam clandestinamente com a embarcação mercante portuguesa enviada para socorrê-los em alto-mar.

De acordo com depoimentos de pessoas que escaparam da tragédia, o capitão do barco deixou de conduzi-la para se esconder entre os imigrantes no momento no qual o navio “King Jacob”, de pavilhão luso, chegava próximo ao pesqueiro, informou a imprensa local.

Isso pode ter provocado uma colisão entre as duas embarcações, ocasionando o naufrágio.

O capitão do navio acidentado, de nacionalidade tunisiana, e seu ajudante sírio foram presos e acusados de homicídio múltiplo, naufrágio e de apoiarem à imigração ilegal por conduzirem a embarcação que afundou no litoral de Malta.

O promotor de Catânia, Giovanni Salvi, disse que ambos foram reconhecidos através de fotografias pelos sobreviventes que estavam a bordo do navio “Gregoretti”.

Segundo a primeira reconstrução dos fatos feita pelas autoridades, os imigrantes, ao verem a chegada de ajuda, foram todos para o mesmo lado da barcaça, fazendo-a virar, o que provocou o naufrágio.

O novo acidente provocou uma grande comoção na Itália e na União Europeia. O presidente do Conselho Europeu já convocou uma reunião extraordinária dos chefes de Estado e de governo do bloco para abordar a situação.(G1)

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