
“Após transformar o governo numa fábrica de miséria, Bolsonaro abre os cofres às vésperas da eleição para tentar impedir a derrota”, diz Paulo Moreira Leite
Depois de transformar seu governo numa fábrica de miséria e de miseráveis, Bolsonaro abre os cofres às vésperas da eleição para tentar impedir uma derrota clara para Lula.
Sabemos que, em condições normais, Jair Bolsonaro não teria a menor condição de tentar a reeleição.
Mas, justamente porque o Brasil não vive um período de normalidade, na política, na vida social, na economia, ele tenta permanecer no cargo em 30 de outubro e já conseguiu chegar às últimas semanas da campanha como um candidato que não pode ser desprezado.
Para entender o que ocorre nestes dias de campanha, é importante reconhecer que, sob o governo Bolsonaro, o país tornou-se um país onde a fome, pesadelo histórico do país, finalmente vencido nos anos Lula-Dilma, conforme a própria ONU reconheceu, voltou a instalar-se entre nós.
Estima-se, hoje, que 33 milhões de brasileiros não tenham condições de alimentar-se de forma adequada. Associada à fome, o país enfrenta o desemprego, o trabalho precário e outros caminhos que levam ao empobrecimento, numa trajetória onde é cada vez mais difícil pagar o aluguel, cuidar dos filhos, sustentar uma casa, entre as várias necessidades da vida civilizada deste século.
Comer também ficou difícil. Entre janeiro e setembro, o grupo de alimentos e bebidas acumulou uma alta de 9,54%, a maior em quase 30 anos — mais exatamente, desde setembro de 1994, lançamento do Plano Real.
Veja artigo completo no link a seguir:
Este artigo não representa a opinião do Brasil 247 e é de responsabilidade do colunista.