Jato urinário fraco pode indicar problemas na próstata ou na uretra, alerta especialista

Foto: Divulgação

A redução do jato urinário e o aumento da frequência urinária são sinais de que há algo errado. Mas, o diagnóstico não é tão simples e pode envolver a avaliação clínica de um especialista, exames de imagem e, dependendo do que apontar a investigação preliminar, até uma biópsia seguida de análise patológica, destaca o cirurgião urologista da Urocentro Manaus, Dr. Giuseppe Figliuolo. Ele explica que cerca de 50% dos homens com 60 anos de idade ou mais, já apresentam algum sintoma urinário importante e que requer atenção.


De acordo com Figliuolo, quando se trata do aparelho urinário, alterações na eliminação da urina podem estar associadas, por exemplo, às obstruções na uretra – causadas, na maioria das vezes, por cálculos urinários tanto em homens, quanto em mulheres -, estenose – estreitamento da uretra causado por diversos fatores -, pressão sobre a bexiga, entre outros.

A uretra é o canal responsável por conduzir a urina da bexiga para o exterior do corpo e a eliminação de líquido é importante, uma vez que ele traz os resíduos filtrados pelos rins e que precisam ser descartados pelo corpo humano.

No caso da bexiga, explica Figliuolo, a pressão pode ocorrer a partir de tumores benignos e malignos na região pélvica, especialmente, o que inclui, no caso dos homens, a próstata em especial, e no das mulheres, o útero e os ovários. “O crescimento da próstata, comum a partir dos 50 anos, denominado de hiperplasia prostática benigna, é um dos fatores que pode levar à redução do jato urinário. O câncer de próstata, quando em estágio mais avançado, também está associado”, destacou o cirurgião, que é doutor em saúde coletiva e tem mais de 20 anos de experiência em uro-oncologia.

Outros fatores e seus tratamentos

Há, ainda, outros problemas do trato urinário que podem contribuir com a redução do jato, causando dor e desconforto ao paciente, como o prolapso de órgãos pélvicos, caracterizado pelo enfraquecimento dos músculos e ligamentos pélvicos, tornando-os incapazes de manter os órgãos dessa região, no lugar em que deveriam permanecer, gerando deslocamento de parte deles. Outra alteração comum a esse sinal é a bexiga hipoativa, cujo principal sinal é a contração inadequada que resulta no enfraquecimento da pressão necessária à eliminação da urina.

Para todos os casos há tratamento ou correção voltada tanto para a cura, quanto a minimizar os sintomas, dando mais qualidade de vida ao portador das alterações. Giuseppe Figliuolo lembra que a eficácia está diretamente relacionada ao período em que o diagnóstico é feito. “Se a alteração for descoberta mais cedo, a tendência é que o tratamento seja menos invasivo e que as chances de cura sejam maiores. Caso contrário, as chances de sucesso acabam reduzidas”, explicou.

Podem ser adotados como tratamento, procedimentos cirúrgicos convencionais, minimamente invasivos (videolaparoscopias e endocirurgias, por exemplo), aplicação de laser, indicação de medicamentos que exigem acompanhamento médico, fisioterapia, entre outros. “Cada caso é um caso e a indicação terapêutica só ocorre com a definição da patologia e do seu estadiamento (extensão da doença)”, frisou.

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