Jornada de cirurgias de ‘comunicação interventricular’, no Francisca Mendes

Hospital da Fundação Francisca Mendes, em Manaus/Foto: Arquivo
Hospital da Fundação Francisca Mendes, em Manaus/Foto: Arquivo
Hospital da Fundação Francisca Mendes, em Manaus/Foto: Arquivo

A Fundação do Coração Francisca Mendes, vinculada à Secretaria de Estado de Saúde (Susam), realiza na próxima semana uma jornada de cirurgias, para atender 10 pacientes, com idade de 8 a 16 anos, portadores da doença congênita denominada “comunicação interventricular (CIV)”.

As cirurgias serão feitas por meio de procedimento endovascular (intervenção percutânea), usado de forma inédita na rede pública da região Norte do país, para o tratamento desse tipo de cardiopatia, com isso, o Amazonas passa a ser o quarto estado brasileiro a oferecer o serviço, gratuitamente.


As cirurgias acontecerão amanhã, segunda-feira (29) e terça-feira (30). Segundo o secretário estadual de Saúde, em exercício, José Duarte dos Santos Filho, a oferta do novo procedimento faz parte da implantação do Serviço Assistencial de Cardiologia Pediátrica na Fundação do Coração. Anteriormente, a unidade realizava cirurgias apenas em adultos e hoje, com a expansão física e modernização de equipamentos, está estruturada para atender as crianças cardiopatas.

De acordo com o diretor do Francisca Mendes, Pedro Elias de Souza, o procedimento endovascular, indicado para pacientes com CIV, não é coberto pelo Sistema Único de Saúde (SUS). É realizado pela rede pública, apenas em São Paulo, Rio de Janeiro e Porto Alegre. O procedimento, também, era feito em Recife, mas foi suspenso. “Somos o primeiro estado da região Norte a oferecer o tratamento na rede pública. A Fundação do Coração Francisca Mendes realiza procedimentos endovasculares para a correção de outros problemas no coração há 5 anos, mas agora, com o investimento que foi feito, é possível realizar técnicas mais avançadas e atender o público infantil”, ressaltou Pedro Elias.

Os procedimentos serão realizados pelo médico especialista em cardiologia intervencionista, Ronaldo Camargo, com a supervisão do cardiologista e professor do Instituto do Coração de São Paulo, Raul Arrieta, auxiliado pelo ecocardiografista Maximiliano Lacoste. “O procedimento consiste em fechar um ´buraco´ (comunicação) na parede do coração (ventrículo). Através de cateteres, inseridos na perna do paciente, chegamos ao defeito congênito e fechamos com material que se encaixa na parede do coração (septo interventricular). Após a cicatrização completa, que leva aproximadamente seis meses, o paciente está curado”, informa Camargo.

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