
Os ataques, de que resultaram apenas danos materiais, foram marcados pelo lançamento de fezes para as instalações e pinturas nas portas de entrada.
O último ataque ocorreu às 02:00 locais de hoje (06:00 em Lisboa), altura em que homens armados tentaram entrar nas instalações do diário El Nacional, que mantém uma linha editorial crítica do regime venezuelano.
Os atacantes, que segundo as câmaras de segurança do jornal, estavam armados, antes de irem embora pintaram numa parede, com ‘spray’, a mensagem “ChaMa Povo Rebelde” e deixaram panfletos com uma mensagem dirigida aos “senhores El NAZIona”, mudando intencionalmente as iniciais do nome do periódico.
“O povo manifesta hoje a recusa nas tentativas de desestabilização deste país próspero com um governo eleito constitucionalmente”, lê-se nos panfletos.
A mensagem continua referindo que “tal como foram peça chave para o golpe de Estado de 2002, contra o Comandante Hugo Chávez (quando o falecido líder socialista foi afastado temporariamente do poder) continuam no miserável esforço de desinformar, gerar caos e favorecer, com isso, a macabra intervenção estrangeira imperial, em conluio com os mais deploráveis representantes da oposição apátrida”.
“Os venezuelanos, em rebelião, gritam que não voltarão (ao poder)! Que fique claro que a Venezuela é livre e soberana. ChaMa (Hugo Chávez – Nicolás Maduro), povo em rebelião”, conclui.
O presidente editor do jornal, Miguel Henrique Otero, já reagiu ao ataque, vincando que o El Nacional não fará autocensurar e continuará “a escrever a verdade”, recordando que o Governo venezuelano centralizou, através da Corporação Alfredo Maneiro, a distribuição de papel para a imprensa limitando o acesso daquele diário àquele material.
Por outro lado o presidente do Colégio Nacional de Jornalistas (organismo encarregado da atribuição da carteira profissional) disse que dias antes também o Correio do Caroni foi atacado por homens armados, que durante a ação atiraram também fezes contra as instalações.
Segundo Tinedo Diaz, o ataque ocorreu na passada quarta-feira e poderá estar relacionado com a linha editorial do periódico, que é também contrária à política governamental do Presidente Nicolás Maduro.
(NOTÍCIAS AO MINUTO)