
O laboratório PCS Lab Saleme, identificado pela Polícia Civil como responsável pela infecção de seis pacientes por HIV devido a transplantes de órgãos contaminados, emitiu dezenas de laudos incorretos para HIV, incluindo falsos positivos e negativos em exames de crianças.
A promotora Elisa Ramos Pittaro Neves, em representação ao Ministério Público (MP), ressaltou que o laboratório já enfrenta várias ações por danos morais e materiais. Ela afirmou que a conduta reiterada dos investigados demonstra indiferença à vida e à integridade dos clientes e da população.
O MP solicitou a prorrogação da prisão temporária dos quatro investigados, alegando que a gravidade dos crimes e o número de vítimas requerem mais tempo para a investigação.
Na sexta-feira (18), o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJRJ) aceitou o pedido do MP. Os investigados são:
- Walter Vieira: sócio do PCS Lab Saleme e médico ginecologista, responsável técnico do laboratório.
- Ivanilson Fernandes dos Santos: técnico de laboratório contratado pelo PCS para análises clínicas.
- Jacqueline Iris Bacellar de Assis: auxiliar administrativa, cuja assinatura está em um laudo falso.
- Cleber de Oliveira dos Santos: biólogo e técnico de laboratório do PCS.
Todos são investigados por crimes contra as relações de consumo, associação criminosa, falsidade ideológica, falsificação de documento particular e infração sanitária.
Fonte: gzh