Liberdade de Cultos(Por Raimunda Gil Schaeken)

Professora Raimunda Gil Schaenke(AM)
Professora Raimunda Gil Schaenke(AM)
Professora Raimunda Gil Schaenke(AM)

Durante séculos, cada povo acreditava ser o único guardião dos verdadeiros ritos para agradar a Deus ou aos deuses. Ainda hoje há quem acredite ser a sua a verdadeira religião depositária dos segredos divinos. Mas conforme avança a cultura e a civilização, o homem se torna mais humilde e percebe que Deus é a única verdade imutável. A forma ou a religião que se adota para chegar a Ele é um problema cultural, de usos e costumes. O mais importante é o respeito do homem pelo homem, por ser ele a criação de Deus. É por isso que hoje festejamos a liberdade que cada um tem de honrar a Deus de acordo com suas tradições.


No Brasil, a liberdade de culto é um direito do cidadão garantido pela Constituição Brasileira. Todos têm o direito de expressar-se nas suas tradições religiosas e culturais, procurando respeitar o outro e mantendo-se longe do fanatismo que aliena e provoca intolerância.

Jorge Amado foi um escritor que se preocupou com a liberdade religiosa. Pode-se observar isso não só em suas obras caracterizadas pela miscigenação étnica e de crenças, sobretudo as de origem africana, mas também em sua vida política. Quando era deputado federal, Jorge Amado apresentou um projeto de lei à Assembleia Constituinte de 1946, o qual, depois de aprovado, tornou-se a Lei da Liberdade de Culto.

A liberdade de culto representa um avanço humanitário, visto ser o respeito pela crença alheia extremamente necessário nas relações existentes entre as pessoas. Quando se oferece respeito e se concede liberdade, ganha-se também o direito de usufruí-los. Leia os artigos 1º e 2º da Declaração Universal dos Direitos humanos.

Infelizmente, nos últimos dias, temos assistido nos diversos jornais de TV, notícias de atentados com mortes de inocentes e, tudo por causa de religião.

O Papa Francisco, representante do catolicismo, tem procurado dialogar com os demais líderes religiosos, pedindo que as comunidades religiosas vivam os princípios da paz e da convivência e, que todos denunciem os atos de violência.

A paz de Jesus é feita de perdão. Sem ele, não há nem nunca haverá a paz. Daí a sua proposta de amarmos os inimigos e fazermos o bem aos que nos odeiam, para que sejamos todos filhos do mesmo Pai, que faz nascer o sol sobre bons e maus e chover sobre justos e injustos. Deus ama quem não o ama. E a proposta de Jesus é a mesma: “Pai, perdoa-lhes! Eles não sabem o que estão fazendo!” (Lucas 23,34).

A paz deve entrar na consciência dos homens como uma suprema finalidade ética, como uma necessidade moral, um imperativo que deriva das exigências intrínsecas da convivência humana. (cf. Paulo VI, 8.12.73).

A paz deve realizar-se sobre a base da verdade; tem de ser construída sobre a justiça; há de ser animada pelo amor; e deve ser efetuada na liberdade (cf .João Paulo II, 08.12.80).

“Conscientizemo-nos de que a Paz Mundial depende de cada um de nós”.

RAIMUNDA GIL SCHAEKEN (Tefeense, professora aposentada, católica praticante, membro da Associação dos Escritores do Amazonas – ASSEAM e da Academia de Letras, Ciências e Artes do Amazonas – ALCEAR.)

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