Lideranças sindicais debatem impasses no setor de transporte fluvial

Navegação no Rio Madeira, em debate, em seminário/Foto: Divulgação
Navegação no Rio Madeira, em debate, em seminário/Foto: Divulgação
Navegação no Rio Madeira, em debate, em seminário/Foto: Divulgação

O futuro da navegação no Rio Madeira, será um dos assuntos que serão levados pelo Sindicato das Empresas de Navegação Fluvial no Estado do Amazonas (Sindarma) para discussão no encontro com lideranças sindicais, no interior de São Paulo. A entidade participará da mobilização nacional em prol de melhorias e resoluções de impasses que tem afetado o setor no Brasil, evento que ocorrerá amanhã, quarta-feira (29), Barra Bonita.
A mobilização “Capital da Navegação”, é uma iniciativa da Federação Nacional das Empresas de Navegação Aquaviária (Fenavega) e conta com o apoio de sete sindicatos filiados – Sindama, Sindarpa, Sindasp, Sindarsul, Sindfluvial, Syndarma e Sindiporto Brasil. Inicialmente, a pauta da reunião de mobilização tem como ponto principal questões que afetam a navegação em cada local onde o evento ocorre.


“Precisamos discutir as melhorias necessárias para uma navegação segura e eficiente. A navegação de interior e marítima é o modal mais barato para o transporte de carga e passageiros, mas o setor precisa ter segurança e viabilidade econômica”, ressaltou Dodó Carvalho, presidente do Sindarma.

A próxima edição da mobilização, o foco principal do debate é a paralisação da navegação na Hidrovia Tietê-Paraná, que vem afetando o setor desde maio do ano passado, quando o transporte de cargas foi interrompido para priorizar a geração de energia. As fragilidades enfrentadas na navegação na Região Norte também serão levadas para o encontro. O Sindarma pretende divulgar a preocupação com o futuro da navegação no Rio Madeira.

“Há dois anos navegamos no regime de barramento. As hidrelétricas foram feitas e temos visto muitas mudanças. Para que não ocorra no Madeira o que ocorreu no Tietê, quando não se priorizou o uso múltiplo das águas, mais a geração de energia e menos a navegação. Não queremos ser surpreendidos daqui a dez anos com o Rio Madeira totalmente assoreado e não se ser possível fazer navegação na vazante. Seria um colapso total para nossa região”, enfatizou Dodó Carvalho.

De acordo com a Fenavega, a programação em Barra Bonita está sob o encargo do SINDASP. Além da reunião onde serão debatidas as questões pautadas, os líderes sindicais também participam de visita técnica no Rio Tietê, a bordo de embarcação.

A Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq), a Agência Nacional de Águas (ANA), a Confederação Nacional do Transporte (CNT) e o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) serão convidados para participar das discussões.

O plenário da reunião irá definir as ações que serão adotadas após o evento. Depois da mobilização em Barra Bonita será definida a data da realização da nova mobilização e local.

Mobilização
A primeira edição da mobilização foi realizada março deste ano, em Belém. Na ocasião, as lideranças do setor discutiram questão da Poligonal do Porto de Manaus e de Belém, a cobrança de tarifa pela CDP para utilização do canal de acesso ao Porto de Belém, dentre outros assuntos, que envolvem o transporte aquaviário.

Na capital paraense, o Sindarma também participou do debate com a presença do presidente Dodó Carvalho e do tesoureiro Homero Santos. Galdino Girão de Alencar Júnior, empresário que atua na navegação em Manaus e região, também participou do evento.

“Tratamos em Belém a situação da regularização dos portos privados diante das poligonais dos Portos Públicos. Temos problemas de poligonal em Belém e em Manaus. Estamos ingressando no Ministério Público Federal (MPF) para que cobre da Secretaria Especial de Portos (SEP) o cumprimento da lei. A legislação diz que a partir da publicação da norma, a SEP teria um ano para fazer a revisão das poligonais. Com a revisão, os empresários que estão dentro das poligonais teriam 180 dias para regularizar os portos privados, mas a SEP não fez a revisão e nós não podemos nos regularizar. Estamos às margens da lei e esse é o assunto mais crítico”, enfatizou o presidente do Sindarma.

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