Quando o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva esteve no Amazonas, em maio de 2021, ele concedeu uma entrevista à Rádio Tiradentes, do Amazonas, e já nesta data, previu a “ameaça” de Jair Bolsonaro em dar um jeito de acabar com a Zona Franca de Manaus (ZFM), através de decreto.
A assinatura do Decreto nº 10.979, para reduzir em 25% a alíquota do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), estava muito claro nas intenções e nas atitudes de Bolsonaro e, só não via quem realmente não queria ver.
Falando como pré-candidato, o ex-presidente Lula fez uma promessa ao Amazonas: “quando eu for eleito em 2022, vou poder dizer a todos os amazonenses, que o Polo Industrial de Manaus vai continuar, porque é o coração do desenvolvimento do Estado”.
“Em 2023 vamos poder dizer para o Estado do Amazonas, a ZFM vai continuar. Então, não adianta um presidente ficar fazendo ameaça velada ao presidente da CPI, ao governador do Estado, ao modelo de desenvolvimento do Estado”, declarou Lula.
De acordo com Lula a Zona Franca não foi criada para contemplar políticos e sim para contemplar o Estado do Amazonas e o povo do Amazonas, que tem o direito de ter acesso ao trabalho, aos salários e à dignidade que todos e qualquer brasileiro deve ter. “Imagine Manaus e o Estado do Amazonas sem Zona Franca”, completou.
Golpe final
Lula estava prevendo o ‘golpe de misericórdia’ dado por Jair Bolsonaro, assinando o Decreto nº 10.979, para reduzir em 25% a alíquota do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), publicado na sexta (25) em edição extra do Diário Oficial da União (DOU).
Depois disso, quase todos os políticos do Amazonas se manifestaram contra a medida presidencial, que pode desempregar milhares de trabalhadores do Polo Industrial de Manaus, prestadores de serviços e terceirizados em Todo o Amazonas.
