Lula cobra ofensiva de Dilma por caso de corrupção na Petrobras

São Paulo, 8 abr (EFE).- O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta terça-feira que o governo da presidente Dilma Rousseff tem que lançar uma “ofensiva” para rebater à oposição sobre um suposto caso de corrupção na Petrobras.
“O governo tem de ir para a ofensiva e debater esse assunto com muita força. A gente não pode ficar permitindo que, por omissão nossa, as mentiras continuem prevalecendo”, disse Lula durante uma entrevista coletiva com blogueiros na sede do Instituto Lula, em São Paulo.
O ex-presidente vinculou a criação de uma CPI no Congresso sobre a suposta compra irregular de uma refinaria no Texas, Estados Unidos, por parte da Petrobras às eleições do próximo dia 5 de outubro, nas quais Dilma tentará a reeleição.
A aquisição da Pasadena Refining Systems (PRS) é atualmente investigada pela Polícia Federal, o Tribunal de Contas da União e o Ministério Público depois que documentos vazados à imprensa mostraram que o acordo incluiu cláusulas que causaram prejuízos milionários à estatal.
Lula vinculou as denúncias sobre o caso da refinaria no Texas com um suposto interesse de setores em “enfraquecer a Petrobras” e também pela falta de “bandeiras políticas” em ano eleitoral.
“O que não pode é ficarmos vendo em cada eleição, por falta de assunto, a oposição, que nunca quis CPI, agora ficar querendo tirar proveito em seis meses de campanha. É melhor fazer um programa de governo”, comentou.
O ex-presidente pediu que o governo se defenda com “unhas e dentes”, mas que recorra ao debate político para não passar pela mesma situação do mensalão.
“O PT tem que ir para cima. Espero que tenha aprendido a lição do que significou a CPI do mensalão, porque ela deixou marcas profundas nas entranhas do partido. Se o PT tivesse feito o debate político no momento certo, possivelmente a história teria sido outra”, declarou.
“Necessitamos ter consciência que a esquerda sempre foi condescendente com a direita e as elites nunca foram pela esquerda, que às vezes é ingênua”, concluiu. EFE
plg/rsd


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