
Diretor-geral da PF, Paulo Maiurino, decidiu trocar o chefe da instituição no Amazonas, Alexandre Saraiva, após ele solicitar a investigação da conduta do ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, em defesa dos madeireiros na região.
O novo diretor-geral da Polícia Federal, Paulo Maiurino, nomeado para o cargo no último dia 6, irá trocar o superintendente da instituição no Amazonas, o delegado Alexandre Saraiva. Saraiva entrou em rota de colisão com o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, em função da maior apreensão de madeira ilegal já registrada no Brasil. A informação é da coluna Painel, da Folha de S. Paulo.
Nesta semana, Alexandre Saraiva apresentou uma notícia-crime junto ao Supremo Tribunal Federal (STF) pedindo a investigação das condutas de Ricardo Salles e do senador Telmário Mota (Pros-RR) por “atrapalharem as medidas de fiscalização”.
Salles críticas operação da PF
Mudança ocorre na esteira da repercussão criada após Salles criticar a operação da PF, realizada no final do ano passado, e defender os madeireiros suspeitos de serem os responsáveis pelo crime ambiental.
No início do mês, Saraiva reagiu e afirmou ter sido a primeira vez que viu um ministro do Meio Ambiente se posicionar contra uma em defesa da Amazônia e que não “deixaria passar a boiada”.
A declaração faz referência à expressão usada por Salles durante uma reunião ministerial do ano passado, quando sugeriu aproveitar a pandemia de Covid-19 para suprimir trechos da legislação ambiental.
Anda segundo a reportagem, Maiurino teria escolhido o delegado Leandro Almada, que foi o segundo em comando durante a gestão de Saraiva, para chefiar a instituição no Amazonas.
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