Mais de 200 mil famílias são afetadas com a falta de energia em Tefé

Foto: Divulgação

A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Amazonas Energia da Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam) realizou, nesta quinta-feira (17), às 9h, a sua 34ª reunião, na Câmara Municipal de Tefé. Durante a sessão foram ouvidos tanto a população, quanto representantes do poder público, que destacaram as irregularidades de energia, na cidade.


Segundo a própria população, os principais locais afetados pelas constantes oscilações de energia são as áreas rurais de Tefé, tais como as comunidades Barreira das Missões, Agrovila, Emad, Lago do Tefé, Lago do Caimbé, Ilha do Tarará, Ramal Tefé, Ramal Cairará, Rio Solimões, Rio Catuá e São Conrado, somando um total de 208 mil e 600 famílias afetadas, nessas áreas.

O agricultor familiar Jorge Luís, de 61 anos, morador da comunidade Emad, relatou que a queda de energia, quase diária, tem causado inúmeros prejuízos para os residentes desses locais.

“Às vezes, ficamos 10, 20, 30 horas sem energia. Agora, imagina uma família que tem um frango na sua geladeira, elas perdem. Eu, por exemplo, armazeno polpas de frutas em freezer, mas, por conta dessa situação, nós perdemos”.

Diante desse cenário, o presidente da CPI da Amazonas Energia, deputado estadual Sinésio Campos (PT), solicitou a manutenção do Programa de Eletrificação Rural – Luz Para Todos –, em Tefé.

“Para tentar amenizar o quadro, os produtores rurais estão fazendo a própria manutenção de rede, ou seja, estão arriscando suas vidas, visto que não são aptos para tal tarefa, não são funcionários dessa empresa que fecha os olhos para os problemas do povo. Temos relatos de cidadãos que perderam suas vidas ao tentar reparar a rede. Será que mais pessoas precisam morrer. Saibam que haverá consequências”, disparou Sinésio Campos.

Entre outros encaminhamentos, os membros da CPI solicitaram ao Tribunal de Contas do Estado, por meio de requerimento, a fiscalização e inspeção nas contas da concessionária Amazonas Energia, com o objetivo de apurar se a empresa repassou corretamente ao município, nos últimos cinco anos, os recursos arrecadados com a Contribuição Para o Custeio da Iluminação Pública (Cosip). A concessionária tem 20 dias para apresentar o relatório.

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