Mais de 300 mil agricultores do Amazonas terão prejuízos com a Reforma da Previdência

Trabalhadores rurais do município de Beruri-AM - foto: Altemir Viana

Para cerca de 330 mil agricultores e pescadores do Estado do Amazonas, a insegurança da Reforma da Previdência proposta pelo governo de Jair Bolsonaro tem a medida de sua própria sobrevivência durante a velhice.


O motivo, porém, não está no presente, mas no futuro que está sendo construído com a tal Reforma. Afinal, quem realmente será beneficiado e quem será penalizado com as mudanças?

Há muitas dúvidas sobre a proposta do Governo Federal, que tramita na Câmara Federal da reforma previdenciária nos moldes adotados pelo governo.

A reforma previdenciária, do jeito que está, atinge principalmente as pessoas que tem pouca renda, as pessoas que contribuíram de forma indireta para a Previdência Social do país e que conseguiram, através de lei, o BPC, a aposentadoria do trabalhador rural, por exemplo.

Prejuízo ao interior

A reforma da Previdência, se atingir esses contribuintes indiretos, vai causar um impacto muito grande na vida econômica e social de toda a população do interior do Amazonas, assim como das demais regiões do país.

Festa do Dia do Trabalhador no município de Beruri-AM – foto: Altemir Viana

Hoje podemos pensar em 330 mil trabalhadores rurais e pescadores só no interior do Amazonas. Eles contribuíram indiretamente, nenhum está irregular. Porque todo cidadão brasileiro contribui para a Previdência, direta ou indiretamente.

Existe no texto da reforma essa questão de punir os mais pobres, que é maior do ponto de vista social, punir a pessoa com deficiência física, punir o trabalhador rural, é punir quem pode menos. “E este é um ponto com o qual nós somos intransigentes, não concordamos. A verdadeira reforma terá de equilibrar o sistema, e não desequilibrar a vida, de uma vez por todas, daqueles que podem menos”, acentua a presidente da FETRAGRI AM, Edjane Rodrigues.

O que é a reforma

Pela proposta da reforma, a idade mínima para se aposentar será de 62 anos para as mulheres e 65 para os homens. Por essa regra é necessário que haja, no mínimo, 20 anos de contribuição. O governo propõe a redução do BPC de um salário mínimo para R$ 400 mensais.

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