
Uma pesquisa da Sea Shepherd Brasil, em parceria com o Instituto Oceanográfico da USP, revelou que todas as praias monitoradas no Brasil continham resíduos plásticos, com microplásticos detectados em 97% delas. Plásticos descartáveis representaram 91% dos resíduos, destacando-se tampas de garrafa e canudos. A bituca de cigarro foi o macrorresíduo mais comum.
Após 16 meses de pesquisa, analisando 306 praias em 201 municípios, constatou-se que áreas preservadas, como zonas de proteção integral, estavam entre as mais afetadas, com o dobro de plásticos de uso único.
William Freitas, presidente do Redemar, alertou que a poluição é uma questão de saúde pública, com impactos diretos na saúde humana. As regiões Sul e Sudeste são as mais impactadas. A praia do Pântano do Sul, em Florianópolis (SC), apresenta 83 fragmentos de microplástico por metro quadrado, seguida por outras praias como a Praia do Centro (Mongaguá-SP) e Praia do Botafogo (RJ).
Freitas destacou que o Brasil ocupa a sexta posição mundial em poluição por plástico, criticando a falta de ação efetiva. Ele recomenda mensurar a contaminação por microplásticos na população e implementar regulamentações mais rígidas, além de promover uma produção circular e reduzir drasticamente a produção de plástico.
Fonte: Terra