
Mais de cinco mil quelônios foram soltos no Igapó Açu, às margens da BR-319, na região do município de Careiro, interior do Amazonas. A soltura foi feita neste fim de semana pelo projeto “Pé de Pincha”.
Esta é 14ª edição de solturas de tracajás no Igapó Açu. O principal objetivo do projeto é preservar e conservar as populações de tracajás, tartarugas e iaçás, além de incentiva a participação das comunidades rurais.
O voluntário, Angel Souza, conta que já participa do programa há 13 anos. “Pra mim, isso é muito gratificante e importante também. Então, esses 13 anos que eu participo, a cada ano é uma coisa diferente; cada ano, a gente está melhorando mais, aumentando o número de filhotes, as parcerias e pra mim, contribuir com esse movimento sustentável e ajudar o meio ambiente é muito importante”, destacou.
O projeto “Pé de Pincha” é um programa da Universidade Federal do Amazonas (Ufam). “É um trabalho feito pela comunidade com o apoio de diferentes parceiros e órgãos ambientais, a prefeitura e isso tem feito com que as comunidades possam estar trabalhando. Primeiro, protegendo o ninho, depois cuidando do filhote e devolvendo ele pra natureza”, disse o professor Paulo Cesár Andrade.

A iniciativa conta ainda com o apoio do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), além da participação de centenas de ribeirinhos. O superintendente da entidade, Joel Araújo, fala sobre a importância da implementação do projeto.
“Primeiro, é a questão da importância pra preservação das espécies de quelônios da Amazônia, a gente sabe que existe uma pressão, uma ameaça sobre essas espécies e o projeto vem no sentido de melhorar a condição de existência dessa espécie nas comunidades. Depois, tem a importância em relação a educação ambiental, a união da comunidade em torno de um projeto de conservação da natureza e é um projeto que influencia também outros eventos, outras regiões a fazer o mesmo tipo de ação.
Ao longo dos anos, o projeto já devolveu mais de 100 mil quelônios para a natureza.
“Cada soltura é uma sensação diferente, é gratificante, gratificante mesmo!”, pontuou o técnico em comunicação, Celso Lima.
Foto: g1/Amazonas