Malvada política – por Flávio Lauria

Flávio Lauria é Administrador de Empresas e Professor Universitário

Mais um ano de eleições e a danada da cachaça política já se arreganha toda para o povo – com suas poucas ideias, sua muita pobreza (agora cada vez maior em desemprego) e sua ignorância.


Poderíamos cifrar o malvado político a todo aquele que repete as mesmas frases de efeito, as mesmas mazelas ideológicas, a astuciosa maneira de enumerar seus projetos que nunca vão ser cumpridos, seus sorrisos de anjos de calendário e sua fantástica capacidade de nos fazer de bobos – e aos eleitores menos letrados manifestar a faculdade de se mostrar obliterado. O que é isso? É fazer com que tudo que já se passou desde a última eleição desapareça pouco a pouco; apagar-lhes da mente seu antigo topete, seu dente de ouro, seu sorriso Colgate, suas carecas reluzentes, enfim, destruir tudo que ouviram em palanques, horários eleitorais televisivos e radiofônicos.

Flávio Lauria é Administrador de Empresas e Consultor.

Machado de Assis dizia que não só o esquecimento é provável, mas até por certo e constante, se o condutor padecer de moléstia que oblitere a memória. Não gostaria de fazer paralelo com o passado pleito estadual, quando Eduardo Braga foi derrotado por Amazonino Mendes. Apenas ressaltar a briga preliminar entre alianças (para cargo majoritário), bem antes das luzes dos refletores serem acesas quanto a cara de cada um se parecer com Manaus, assim como da verdadeira gana de alguns pré-candidatos a fazerem parte das diversas chapas na qualidade de vice.

Fico lá com meus botões a perguntar-me pra que tanta carreira para se ser vice. Deve ser um senhor cargo, não? E a cadeira de governador? Tem deputado federal e estadual querendo largar seus lugares levados pelo voto popular para disputarem prefeituras em cidades pequenas por este sofrido interior do Amazonas afora. Não é engraçado? Esses encasacados parlamentares se mandando de Brasília – capital das decisões do Brasil – seus luxuosos apartamentos e gabinetes atapetados de mordomias, somente para estarem junto com seu povo esquecido nas embrenhadas do sertão. Muito auspiciosos e louvados esses desejos. Mas, é preciso ter cuidado meus caros leitores eleitores: paturi fora d’água é novidade no poço.

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