Manejo do Pirarucu ganha impulso em Japurá com benefícios do FPS

Foto: Henrick Pereira

A atividade do manejo do pirarucu no Município de Japurá (a 780 quilômetros de Manaus) passa a trazer maior rentabilidade na vida dos pescadores com a aquisição de novos equipamentos e transportes por meio do Fundo de Promoção Social e Erradicação da Pobreza (FPS). Os benefícios, como canoas, caixas de isopor e motores de popa vão auxiliar na captura e na comercialização do pirarucu junto aos programas estaduais e nas feiras de Manaus.
Com um investimento de R$ 81,4 mil, a Associação de Pescadores e Agricultores da Comunidade de Altamira (Apeaca), localizada na margem direita do Rio Japurá, adquiriu os materiais com o Termo de Fomento firmado, via edital, com o FPS. Os produtos foram entregues, nesta quarta-feira (11/4), no Ginásio José Aluísio Benchimol, centro da cidade, para 120 pescadores.


Com esse suporte, a expectativa da associação para este ano é que a captura do pirarucu, no período do manejo, que compreende agosto e novembro, chegue a 450 unidades. Boa parte da produção é fornecida para o Programa de Regionalização da Merenda Escolar (Preme) do Governo do Estado. No período de 2016/2017, a Apeaca forneceu 13 toneladas de pirarucu para o Preme (R$ 274 mil). Para 2018/2019, esse volume deve chegar a 20 toneladas, o que representa um ganho de 20% (R$ 400 mil).

Foto: Henrick Pereira

Menor tempo – A utilização de embarcações de pequeno porte, com motores “rabetas”, fazia com que os pescadores levassem até 20 dias para fazer a captura do pirarucu nas áreas do manejo no rio Japurá. Com os novos meios de transportes esse tempo vai reduzir para 10 dias, conforme explica o presidente da associação, Francisco Gomes.

“Esse material apoiará na produção, captura, transporte e comercialização do produto pescado durante o ano todo. E vai trazer melhoria na qualidade de vida dos comunitários, aumentando a renda familiar dos pescadores e agricultores e diminuindo o tempo no transporte do escoamento da produção”.

Para a secretária executiva do FPS, Socorro Sabe, os investimentos auxiliam na produtividade do setor primário do Amazonas. “O trabalho organizado dessa associação ajudou na conquista desses investimentos que devem trazer um retorno excelente no manejo do pirarucu. O Fundo (de Promoção Social), através dos seus editais, tem percorrido as calhas do nosso estado e fazendo com que esses investimentos resgatem o desenvolvimento social e econômico das famílias”.

Produção – O município de Japurá possui três áreas de manejo do pirarucu: Buabua, que é uma Reserva de Desenvolvimento Sustentável (RDS) e as comunidades de Mameloca e Altamira que são áreas de Acordo de Pesca (AP). No ano passado, as três áreas de manejo produziram 170 toneladas de pirarucu. Dessas comunidades, a RDS Buabua é a que responde pela maior produção de pirarucu. Em 2017, a região registrou 750 peixes capturados, na época do manejo. A comunidade de Altamira fez a captura de 379 pirarucus. Entre janeiro e março deste ano, a Altamira já forneceu três toneladas de pirarucu para o Preme.

Materiais – A Apeaca é uma organização formada por 120 pescadores, distribuída em 56 famílias que visam adquirir estruturas adequadas para o melhoramento no escoamento da produção e comercialização. Os benefícios entregues foram: 2 motores de popa Yamaha 15hp, 2 canoas em alumínio naval medindo 6 x1,30m, 1 motor de popa 40hp, 1 canoa de alumínio naval medindo 6,5×1,5m com capota, 30 redes de nylon 144x160MMSQ, 10 redes de nylon 240x170MMSQ, 400 bóias de isopor Robalo II, 30kg de corda trançada de 6,0mm e 30 caixas isopor de 170 litros.

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