Manobra em Encontro pré-eleitoral em Borba ‘vaza água’ e perde a validade

Falhou a manobra da presidente Rosângela Góes no diretório do PT em Borba - foto: divulgação

A manobra da presidente municipal do PT em Borba, Rosângela das Chagas Góes, para compor com o atual prefeito de Borba, Simão Peixoto (SD), ‘vazou água’ e todas as decisões tomadas durante o Encontro da Executiva Municipal do Partido no município de Borba, no último dia 29 de junho, podem ser desfeitas pela direção estadual do partido.


As irregularidades do Encontro foram inúmeras. Entre dirigentes votando por telefone e inadimplentes assinando a Ata, também por telefone, transformaram o Encontro em um amontoado de irregularidades, que atropelaram todas as normas estabelecidas pelo regulamento nacional do partido, para a definição de candidaturas às eleições municipais em 2020.

Dos 18 dirigentes municipais, somente 04 estiveram presentes ao Encontro e destes, três votaram por telefone, além de uma inadimplente, Maria de Nazaré da Silva Farias.

Para militantes opositores à presidente Rosângela Góes, o Encontro pode ser colocado na lista do mais vergonhoso ocorrido no município e, perde a sua validade porque a manobra para garantir o apoio ao atual prefeito, Simão Peixoto, nas convenções partidárias, ficou muito visível além de ferir as determinações do PT Nacional.

Jânio Santana

O pré-candidato à prefeitura de Borba Jânio Santana se posicionou contra e classificou a condução do Encontro feito pela presidente municipal de escandalosa. Ele recorreu à direção Estadual do Partido, em Manaus, para pedir a anulação das decisões tomadas na ocasião por falta de quórum, quebra de ética na condução dos trabalhos e por anulação dos votos feitos por telefone, além de citar a falha na aceitação de membros da executiva votando, mesmo estando inadimplente.

Um novo Encontro será agendando em breve. Nessa quinta feira (09), a Executiva Estadual vai se reunir para analisar o recurso. Até o dia 15, será publica a decisão e a nova data do Encontro.

A seguir, texto na íntegra, enviado ao Correio da Amazônia por Jânio Santana:

Além do encontro ter tido uma mobilização falha, só fui convidado às 17:30h do dia anterior (sexta feira), apenas 4 dirigentes municipais estavam presentes (conforme foto publicada abaixo), apenas 6 de 10 se encontravam em dias com suas contribuições financeiras (aptos a votar no Encontro).

Para completar a distopia do evento, a presidente captou dois votos por telefone. E para destruir mais a democracia petista na ata de presentes em vez de 4 assinaturas, surgiram 6. 3 não se encontravam presentes no evento e 1 dos presentes não assinou.

Por essas infrações as normas do PT (não alcançou quórum, voto de dirigentes inadimplentes e fraude na ata de presentes) ingressei junto a Executiva Estadual no dia 02 de julho para cancelar o Encontro Municipal e para a todos os eventos vindouros organizados em Borba sejam diretamente acompanhados pela direção estadual.

Não devemos dar espaço para a corrupção no âmbito de nosso Partido. Os que tentam impor suas vontades em detrimento das regras partidárias devem ser punidos administrativamente e afastados de suas funções, onde prejudicam o re-fortalecimento partidário e tiram do Povo a oportunidade de terem uma gestão compromissada com o desenvolvimento de Borba e os trabalhadores.

Denúncia enviada à Executiva Estadual:

Condenação

Prefeito de Borba foi alvo de ação do Ministério Público Federal (MPF) em 2019, por improbidade administrativa. Segundo o MPF, prefeito Simão Peixoto descumpriu lei que determina que, no mínimo, 30% dos recursos para a merenda escolar seja destinado à aquisição de alimentos da agricultura.

Na ação, o MPF pediu a condenação do prefeito nas sanções previstas no artigo 12, II, da Lei 8.429/92, por prática de ato de improbidade administrativa.

 

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