Marchisio: ‘Em alguns momentos era como se estivesse alucianado’

Marchisio marcou o primeiro da Itália, mas diz que sentiu o calor/Foto: Reuters
Marchisio marcou o primeiro da Itália, mas diz que sentiu o calor/Foto: Reuters
Marchisio marcou o primeiro da Itália, mas diz que sentiu o calor/Foto: Reuters

Os jogadores da Itália deixaram o gramado da Arena Amazônia esgotados fisicamente depois de vencerem a Inglaterra por 2 a 1, pela estreia na Copa do Mundo. Autor do primeiro gol, o meia Marchisio disse que em alguns momentos era como se estivesse tendo alucinações por conta das altas temperaturas de Manaus.

– O mais importante era começarmos bem, com uma vitória, especialmente em um dia que as condições eram difíceis. Às vezes, parecia que tinha alucinações por causa do calor – afirmou.


Italianos e ingleses resistiram até o início do segundo tempo. Depois que Balotelli fez o segundo gol da Azzurra, os atletas evidenciaram muito cansaço. O English Team ainda tentou sufocar nos minutos finais, mas acabou esbarrando na retranca montada por Cesare Prandelli.

O resultado pode ser determinante para a Itália avançar. Na próxima rodada, a Azzurra enfrenta a Costa Rica, que surpreendentemente derrotou o Uruguai.

– Essa equipe tem caráter e resistiu. Ainda temos um longo caminho. Cada jogo tem sua própria história – disse.

Em seguida, os ingleses pegam a Costa Rica, no dia 24, às 13h00, no Mineirão, em Belo Horizonte. Os costarriquenhos venceram o Uruguai na partida de estreia do grupo.

A virada de Drogba contra o Japão

“Quando Didier entrou em campo, tudo mudou”. O técnico da Costa do Marfim, Sabri Lamouchi, definiu o papel de Drogba na estreia vitoriosa dos Elefantes na Copa do Mundo, contra o Japão, por 2 a 1, de virada, na Arena Pernambuco, na noite deste sábado. Eram 16 minutos do segundo tempo quando o maior astro da seleção africana entrou em ação. Uma substituição ousada do treinador, que abriu mão do volante Serey Die.

Embora não tenha balançado a rede, Drogba mexeu com o time. Um passe de calcanhar logo no primeiro toque na bola foi a senha. O aviso de que a confiança seria outra a partir daquele momento. Três minutos depois, a Costa do Marfim abriu o placar com Bony. Mais dois minutos, e Gervinho virou o placar. Nos dois gols, os zagueiros japoneses pareceram hipnotizados com a presença do craque. Drogba atraiu marcação dobrada. E abriu o caminho para que os companheiros de ataque brilhassem.

Após a partida, o técnico da Costa do Marfim revelou que a surpreendente opção por deixá-lo na reserva foi um misto de estratégia e prevenção, tendo em vista o problema físico que afetou o jogador durante a semana – na terça-feira, ele deixou o treino mais cedo com dores no joelho.

– É preciso entender que ele acabou de se recuperar de uma lesão. Se esforçou muito para estar em condições de jogar. Minha decisão teve um pouco de precaução e estratégia. Quando Didier entrou, tudo mudou. Os adversários ficaram muito focados nele. Quando você tem um jogador desse nível é muito diferente – afirmou Lamouchi, que revelou ter informado a Drogba sobre sua decisão de deixá-lo na reserva “normalmente”, com certa antecedência e uma certa chateação natural por parte do jogador.

Os elogios se estenderam ao meio-campista Yaya Touré, astro do Manchester City, outro que entrou em campo, mas como titular, sem a melhor condição clínica e física.

– Claro que ele não está 100%. Até pensei em tirá-lo durante o jogo, mas Yaya não quis sair. O importante é que os dois se doaram 100% – disse, muito satisfeito com o resultado da estreia.

– As estatísticas dizem que 89% dos times que vencem o primeiro jogo se classificam. Mas ao mesmo tempo temos que lembrar da Suíça, que bateu a Espanha na estreia, em 2010, mas não chegou à segunda fase. Precisei pedir mais atenção ao meu time no intervalo, porque o Japão começou o jogo muito bem organizado. Pedi que tivessem paciência para por em prática o nosso estilo de jogo. E eles tiveram.

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