Mario Abdo Benítez toma posse como presidente do Paraguai

Benítez assume com o desafio de estabelecer acordos com oposição - Foto: Divulgação

Mario Abdo Benítez, conservador de 46 anos, assumiu a presidência do Paraguai nesta quarta-feira (15) em uma cerimônia que contou com a presença de mandatários estrangeiros, entre eles Michel Temer.


Benítez, de 46 anos, jurou ante o presidente do Congresso, Silvio Ovelar, e recebeu o bastão e a faixa presidencial de Horacio Cartes. Ambos são do Partido Colorado.

“Missão Cumprida. Obrigado Paraguai”, publicou Cartes ao se despedir em sua conta social.

Entre os líderes que presentes na cerimônia de posse estão os presidentes brasileiro, Michel Temer; boliviano, Evo Morales; argentino, Mauricio Macri; uruguaio, Tabaré Vázquez; colombiano, Iván Duque, e guatemalteca, Jimmy Morales.

Sem maioria no Congresso, Benítez assume com o desafio de estabelecer acordos com oposição.

Ele foi eleito em abril com a promessa de manter o rumo econômico e atrair mais investimentos ao país latino-americano. Ele propôs impostos baixos e isenções para estimular o investimento estrangeiro e a produção agrícola do país, quarto exportador mundial de soja e importante produtor pecuário.

Após eleito, Abdo prometeu um governo de união. O ex-senador, educado nos Estados Unidos e conhecido como “Marito”, também disse que quer construir laços com a China sem comprometer o vínculo diplomático com Taiwan.

Divorciado de Fátima María Díaz Benza, com quem teve dois filhos, Abdo se casou novamente com Silvana López Moreira Bo, filha de uma família da alta sociedade de Assunção. Benítez tem graduação em marketing nos Estados Unidos.

Benítez assume com o desafio de estabelecer acordos com oposição – Foto: Divulgação

Relações com o Brasil

Benítez diz ter interesse em fortalecer as relações comerciais entre Paraguai e Brasil.

Em junho, ele esteve com Temer no Palácio do Planalto, na primeira viagem internacional depois de eleito.

Segundo o Ministério das Relações Exteriores, o Brasil é o principal parceiro comercial do Paraguai. Em 2017, o intercâmbio comercial entre os dois países alcançou US$ 3,78 bilhões.

Laço com ditadura Stroessner

O jovem conservador tem laços com a última ditadura do país. O pai dele foi secretário privado do ditador Alfredo Stroessner, que governou o Paraguai com mão de ferro por 35 anos até fevereiro de 1989.

Seu pai foi processado por enriquecimento ilícito. Foi um dos primeiros prisioneiros da democracia que se instalou após a queda de Stroessner, mas finalmente foi absolvido.

“Lamento a parte negra da nossa história, mas, como muitos paraguaios, acho que não deve ser uma desculpa para manter uma divisão entre compatriotas. Eu tinha 16 anos quando Stroessner caiu”, afirmou quando ainda era candidato.

Mas esse passado foi deixado de fora de sua carreira política e da campanha eleitoral, quando se esforçou para provar suas credenciais democráticas e republicanas.

Carreira política

Afirma ter construído uma identidade própria, apesar de sua origem. Juntou-se à militância política dentro do movimento Paz e Progresso, o lema do governo da ditadura.

Em 2013, foi eleito senador e depois presidente do Congresso em 2015, ano que marcou o ponto de virada e o ponto de ruptura de suas relações com o então presidente Cartes.

Na crise de março de 2017, os opositores reagiram com violência e incendiaram uma parte do Congresso em protesto contra a pretensão do presidente Cartes de aprovar uma emenda que o qualificaria para a reeleição.

Fonte: G1

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