Maurício Camisotti, empresário e CEO do Grupo Total Health, volta ao centro de um escândalo nacional. Desta vez, ele é apontado como figura-chave no esquema de fraudes que teria causado um rombo de R$ 6,3 bilhões nos cofres do INSS, investigado pela Operação Sem Desconto da Polícia Federal.
Segundo as investigações, Camisotti operava por meio de entidades de fachada, como Ambec, Unasbras e Cebap — todas supostamente voltadas a aposentados e pensionistas. Com o uso de laranjas, ele teria assumido o controle dessas instituições, garantindo acesso indevido a benefícios previdenciários.
Essa, no entanto, não é a primeira vez que o nome de Camisotti aparece em meio a suspeitas de corrupção. Ele foi citado na CPI da Covid em 2021 como um dos financiadores ocultos da Precisa Medicamentos, envolvida na tentativa de compra superfaturada da vacina indiana Covaxin. Em 2019, também foi alvo de apurações por suposto pagamento de propina a políticos ligados ao Progressistas (PP).
As conexões políticas de Camisotti incluem nomes de peso do partido, como Ciro Nogueira, Ricardo Barros, Aguinaldo Ribeiro e até o ex-deputado Paulo Maluf. A reincidência e o alcance de sua rede levantam questionamentos sobre a persistência de esquemas antigos operando sob novas formas dentro das estruturas do Estado.
