
Uma passagem da letra de um samba canção diz que a “amizade, nem mesmo a força do tempo irá destruir”, cantada pelo grupo Fundo de Quintal
Certíssima, concordo, no entanto, nos últimos cinco anos foi-se implantando no Brasil a cultura do ódio, que é uma aversão instintiva direcionada a algo ou a alguém; a antipatia, a repugnância, alimentada pela paixão, um sentimento humano que conduz ao mal que se faz ou se deseja a outrem pela ira contida; pelo rancor violento e duradouro.
Refiro-me a seita maldita conhecida por “bolsonarismo”, criada pelo ex-presidente do Brasil Jair Messias Bolsonaro, um militar cuja trajetória ficou conhecida pelas suas mais aberrantes declarações agressivas e provocações diversas, além de pregar no dia a dia a volta do AI-5, a tortura, o homofobismo, a misoginia, o racismo, dentre outros, a desconstrução da heteronormatividade. Que quer dizer que homem e mulher não existem. Existem dois seres quaisquer que se juntam e passam a ser uma família e ponto final.
Pois é, meu amigo, sabe-se que nos dias de hoje a sociedade brasileira ficou dividida entre o amor e o ódio, sendo que o ódio prevalece como o sentimento mais potencializador.

Tanto que Bolsonaro, mais conhecido na caserna como “o fujão”, unido a num pequeno grupo de apoiadores, idealizou e concretizou os ataques de 8 de janeiro deste ano em Brasília, que resultaram em uma série de vandalismos, invasões e depredações do patrimônio público cometidos por uma multidão de bolsonaristas extremistas que invadiu o Palácio do Planalto, o Palácio do Congresso Nacional e o Palácio do Supremo Tribunal Federal.
Meu amigo Cúrcio, nesse sentido, prefiro calar-me diante de tantos absurdos assacados pelos “patri-idiotas” bolsonaristas, os quais, repito, ofendem e ameaçam a todo um conjunto de atributos morais, intelectuais e físicos de uma pessoa. Destemperados, não respeitam ninguém.
Por tudo isso e mais é que eu abandonei as redes sociais. Sou dos pouquíssimos que não faz questão de ter 500 mil ou mais seguidores, prefiro selecionar meus amigos e seguir em frente.
Para concluir, amigo Cúrcio, decidi refundir uma frase do grande professor e filósofo chinês, Confúcio, sobre a verdadeira amizade ou o verdadeiro amigo, e ficou assim: “PARA CONHECER O VERDADEIRO AMIGO É NECESSÁRIO PASSAR PELO SUCESSO E PELA DESGRAÇA. NO SUCESSO, VERIFICA-SE A QUANTIDADE DE PESSOAS QUE TE RODEIA, E NA DESGRAÇA, APENAS A QUALIDADE”.
Cúrcio, tenho você como meu amigo pessoal e me orgulho de tê-lo no topo da minha lista de amigos verdadeiros. Não foi uma puxada não. Ótimo Dia do Amigo pra você.
Garcia Neto é jornalista e professor