Médica fala sobre as dificuldades de atendimento às vítimas de violência sexual

Médica Zélia Campos, diz que não há condições ideais para o atendimento/Foto: Arthur Castro

Às vésperas do Dia Nacional de Combate ao Abuso e Exploração Sexual Infanto-Juvenil, celebrado amanhã, 18 de maio (quarta-feira), o presidente da Comissão de Jovens, Crianças e Adolescentes da Assembleia Legislativa do Amazonas, promoveu um amplo debate sobre o tema, durante Sessão Especial realizada no final da manhã de hoje (17), tendo como convidada para o debate, a coordenadora do Serviço de Atendimento à Vítima de Violência Sexual (Savvis), Zélia Campos, da maternidade Moura Tapajós, localizada na Compensa, Zona Oeste.
“Atualmente o Tribunal de Justiça do Amazonas (TJ-AM) possui mais de 2,3 mil processos em andamento de crimes praticados contra a dignidade de menores. E, a melhor forma de combater essa violência é impedir que aconteça e mais que isso: oferecer àquelas que infelizmente sofreram com esse tipo de violência”, detalhou o parlamentar.


Dados demonstrados por Zélia Campos apontam para o maior desafio no atendimento às vítimas de violência sexual: a humanização. “Os ambientes não são programados para atender esse público”, reclamou.

Ainda para a coordenadora, uma em cada quatro crianças sofrem abuso sexual, totalizando mais de 40,5 mil estupros no país, uma média de um caso a cada 11 minutos. “Desse universo de vítimas, apenas 10% decidem denunciar seus agressores”, afirma Zélia Campos com base em estatísticas do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea).

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