Medo de contaminação afasta 64% dos brasileiros de pontos de aglomeração

Maioria também não pretende ir a cinemas e teatros - Foto: Reprodução

A pandemia causada pelo novo coronavírus impactou de maneira expressiva a forma como as pessoas se relacionam. Encontros comerciais e locais com aglomeração pararam de fazer parte da rotina de muitos, como forma de garantir a saúde e a segurança de todos e diminuir o número de contaminações da doença. Ir ao mercado, resolver um problema rápido no banco entre outras atividades essenciais foram, para muitos, o único motivo para sair ocasionalmente de casa.


Várias pessoas já têm flexibilizado a quarentena, e a reabertura de bares, restaurantes e academias aumenta a sensação de que o cenário está voltando ao normal, mesmo que a situação seja delicada e as opiniões sejam controversas. Por conta do cenário, a insegurança ainda permanece em muitos brasileiros. A Sondagem do Consumidor, levantamento realizado pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV IBRE), mostrou que a população ainda não se sente confortável em voltar a frequentar lugares com aglomeração.

De acordo com a pesquisa, 80% dos entrevistados declararam que não pretendem, em hipótese alguma, ir a cinemas e teatros, e 17,2% iriam se fossem tomadas medidas de prevenção adequadas. Já em relação a frequentar bares e restaurantes 64% também disseram que não iriam em hipótese alguma, enquanto 32,6% dos consumidores dizem estar preparados para frequentar com a adoção de medidas de prevenção. Sobre viajar de férias, tanto de ônibus, quanto de avião, 69,4% não pretendem em hipótese alguma, já 27,1% fariam viagens com a adoção de medidas de prevenção.

Os shoppings indicam a maior quantidade de adeptos, sendo que 54,5% não frequentaram em nenhuma hipótese, enquanto 40,9% iriam havendo medidas adequadas de prevenção à Covid-19. Os números deixam claro que a opinião dos brasileiros não é unânime e depende da atividade realizada. Ainda que a maioria afirme que não se sente preparada para frequentar esses ambientes, a popularidade dos locais que já estão realizando a reabertura indica que parte das pessoas pretende abrir exceções.

Depois da pandemia

Para pessoas que já enfrentam algum problema psicológico, como depressão e ansiedade, o retorno para as atividades cotidianas após a pandemia pode ser complicado. Isso porque a sensação de desconforto em ambientes com aglomeração de pessoas, assim como o sentimento de neurose, podem aparecer com mais frequência, criando uma sensação de insegurança ao realizar atividades que, antes da pandemia, eram parte do cotidiano. Mesmo para quem nunca teve problemas do tipo antes da pandemia, o período de quarentena, cheio de estresse e exigindo mudanças repentinas na rotina, criou uma situação propensa para o desgaste da saúde mental, podendo ser o estopim para o aparecimento de quadros de doenças mentais e psicológicas.

É esperado que, após a pandemia, muitas pessoas tenham dificuldade de voltar às atividades cotidianas e de lazer, mesmo após a distribuição da vacina e a contenção no número de casos. Para amenizar a situação, é importante procurar um profissional formado na faculdade de Psicologia, para ajudar a resolver os bloqueios que podem surgir no pós-pandemia, assim como tratar questões relacionadas a pânico e ansiedade, que também podem aparecer.

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