Mesatenista Siddharta Almeida está em Manaus e faz preparação no Ctara

Fotos: Mauro Neto/Sejel

Depois de um primeiro semestre repleto de treinos e conquistas, o mesatenista Siddharta Almeida, de 18 anos, que atualmente mora em Santos, interior de São Paulo, está em Manaus para desfrutar de alguns dias com a família e tambem realizar preparação física no Centro de Treinamento de Alto Rendimento da Amazônia (Ctara), localizado na Vila Olímpica de Manaus, no Dom Pedro. Para a temporada, o amazonense recebe apoio do Governo do Amazonas, via Secretaria de Estado de Juventude, Esporte e Lazer (Sejel).


Nos últimos meses, Siddharta vem colecionando conquistas importantes, como a medalha de prata nas disputas por equipes, com a seleção brasileira, e de ouro na dupla mista, ao lado de Bruna Takahashi no Pan-Americano disputado na Argentina, no final do mês de junho. O feito fez o jovem figurar no ranking mundial Juvenil como o 2º da América Latina, 4º das Américas e 88º do mundo.

Fotos: Mauro Neto/Sejel

“Aqui em Manaus vou aproveitar para treinar com os meus antigos treinadores e realizar algumas sessões de fisioterapia no Ctara. Eu ainda estou pensando se vou disputar o Juvenil na Copa do Brasil que ocorre em Santa Catarina, ainda este ano, pois para mim o mais importante é o Adulto, que é a categoria que vou integrar ano que vem. Como estou na expectativa de disputar o Pan-Americano Adulto, estou pensando em direcionar forças para essa nova categoria para ser campeão. Também devo participar de umas competições internacionais na Alemanha, na Croácia, Eslovênia e Espanha até abril de 2018”, disse o mesatenista.

Siddharta volta dia 25 de julho para São Paulo e explica que há quatro anos reside em Santos, depois de aceitar um convite para integrar um dos tradicionais clubes do tênis de mesa brasileiro, o Saldanha da Gama. Lá, o atleta federado pelo Amazonas vem aprimorando os conhecimentos físicos, bem como técnicos. Ainda segundo o jovem, o esforço agora é para chegar ao topo do mundo na categoria Adulto e ser convocado para uma Olimpíada. Para tanto, ele conta com a super ajuda do pai, Christian Martinez.

Fotos: Mauro Neto/Sejel

“O que impulsionou mais a nossa ida para São Paulo foi um conversa que eu tive com o Israel Barreto (ex-treinador). Ele disse que se eu fosse com o meu filho daria certo, mas se ele fosse sozinho era melhor não deixá-lo ir. Conversei com a família e se não desse certo voltaríamos. Queria sair do será que vai dar certo? Acredito que no final de tudo, somos uma família mais unida e agora estamos mais preparados para atirar no desconhecido”, disse o pai coruja, Christian, que passou a trabalhar para a Confederação Brasileira de Tênis de Mesa (CBTM) por conta do filho.

“Como não tinha ninguém para registrar as fotos dos atletas eu passei a registrar. Vi que não tinha nenhum fotógrafo da Confederação e passei a conversar com o pessoal da assessoria (de comunicação) e pedi para eu fazer as fotos para vender para os pais dos atletas, e que também cederia para a Confederação. Passado algum tempo, e depois de abrir uma empresa e entrar para um processo de licitação, sou atualmente o fotógrafo da Cbtm”, lembra o pai.

Olimpíadas

Com apoiadores e patrocinadores privados e governamentais aparecendo, Siddharta sabe que o momento é de colheita. Enquanto não volta do merecido descanso, o jovem lembra da participação no evento teste do tênis de mesa nas Olimpíadas Rio-2016. As recentes lembranças impulsionam o garoto a querer mais, só que desta vez como destaque principal.

“Eu participei do evento teste no Riocentro que serviu para testar tudo do evento. Lá ganhei do atleta da seleção adulta do Chile. Isso serve de inspiração, até para 2020 em Tóquio. Não vejo nada impossível e acredito sim que seja possível eu chegar lá e defender meu País por um esporte que amo”, afirmou o jovem, que se espelha na amazonense com três Olimpíadas na carreira, Ligia Silva

“É uma mulher guerreira. Treinamos no mesmo clube. Ela tem muita força de vontade, venceu as dificuldades, foi sozinha sem o pai por perto. Admiro muito ela”, frisou Siddharta no aguardo de que o sonho de colocar uma medalha de ouro no peito em uma Olimpíada passe a se tornar realidade.

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