Mesmo com Copa, restaurantes têm baixa procura, em Manaus

Mesmo com a Copa restaurantes vazios, em Manaus/Foto: Márcio Azevedo
Mesmo com a Copa restaurantes vazios, em Manaus/Foto: Márcio Azevedo
Mesmo com a Copa restaurantes vazios, em Manaus/Foto: Márcio Azevedo

A Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel), em Manaus, confirmou uma queda de 10% no volume de clientes dos estabelecimentos da capital amazonense durante a Copa do Mundo, em contrapartida, a entidade registrou um aumento de mais de 50% na procura por bares e fast foods.

Essa queda na procura pelos restaurantes que servem comidas à la carte, segundo a presidente regional da Abrasel, Janete Fernandes, aconteceu por causa da sobretaxa imposta pelas agências de viagem nos preços dos cardápios. “Teve caso de cardápios que fechamos o pacote para as agências em R$ 140, e ela vendeu com o valor de R$ 900”, garantiu.


Para tentar reverter esse problema, nesse final de semana a Abrasel realizou ações de panfletagem nos principais pontos de concentração dos turistas em Manaus. “A procura não chegou nem perto do esperado. O pior foi que não conseguimos nem manter o fluxo de clientes que vínhamos mantendo antes da Copa. Vamos torcer para conseguir reverter isso, mas está difícil”, alertou Janete Fernandes.

Mas pelo que tem observado a gerente de um dos 20 restaurantes da Praça de Alimentação do conjunto Dom Pedro, que fica na zona centro oeste de Manaus, a aproximadamente 1 km da Arena da Amazônia, a situação é desesperadora. “Investimos em melhorias, em capacitação dos garçons, mas, mesmo estando praticamente ao lado da Arena, os turistas não estão aparecendo. O movimento está muito abaixo da expectativa”, lamentou Ana Cristina dos Santos Silva, de 42 anos.

Em contrapartida, a procura dos turistas por bares e por restaurantes que vendem comida a quilo, os famosos fast foods, aumentou mais de 50%, segundo a Abrasel. Esse aumento tem relação com o perfil dos turistas.

A procura por esses estabelecimentos foi tão grande que houve casos de, em um único dia, o consumo de cerveja de um bar no centro de Manaus ultrapassar a quantidade de caixas que habitualmente eram vendidas em uma semana. “Vendemos entre 150 e 170 caixas de cerveja por semana, mas no dia que antecedeu o jogo entre Inglaterra e Itália a procura nos assustou. Vendemos em um único dia 200 grades. Nossa sorte foi que nossos fornecedores nos deram o suporte necessário”, contou Roberto Carvalho, de 43 anos, administrador do bar do Armando.

No bar do Caldeira, reduto boêmio do centro de Manaus, a Copa tem sido sinônimo de muitas vendas. “Nos preparamos para esse momento e não temos do que reclamar”, comemorou Carbajal Gomes, dono do estabelecimento.(Terra)

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