
Digitron, Flrx. Samsung, Bendsteel, Electrolux e Kawasaki são algumas das mais de 400 empresas do Polo Industrial de Manaus onde aconteceram paralisações em razão da Campanha Salarial desenvolvida pelo Sindicato dos Metalúrgicos.
Nesta quinta-feira, 28, a partir das 18 horas, será realizada Assembleia Geral onde os trabalhadores vão analisar as contrapropostas das empresas para decidir se fecham ou não acordo e podem decidir pela paralização das linhas de produção.
A Diretoria do Sindicato dos Metalúrgicos não está otimista quanto à possibilidade de fechamento de um acordo. “Os empresários não querem discutir nada além da reposição das perdas inflacionárias e, mesmo assim, quem aplicar o reajuste parceladamente”, disse o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos, Valdemir Santana,
À medida em que se aproxima a dará para fechamento do acordo coletivo, diretores do Sindicato percorrem as fábricas e paralisam as atividades por alguns minutos. É nesse momento que os trabalhadores dizem o que estão sentindo em relação à situação atual.
Em várias empresas, eles dizem que não tem recebido o pagamento da Participação nos Lucros e Resultados (PLR), embora tenham sido celebrados acordos no ano passado. Revelam que as condições de trabalho, como transportes, alimentação e outros benefícios previstos em Convenção Coletiva, tem se deteriorado e seus superiores alegam que se trata de resultado da crise econômica.

Os principais pontos a serem negociados na Campanha Salarial deste ano são reajuste salarial com base na reposição das perdas inflacionárias, aumento real, produtividade, PLR e fim do assédio moral.
Conforme explicam os dirigentes sindicais, muitas empresas demitiram parte do seu quadro e sobrecarregaram aqueles que permanecem empregados, forçando aumento de produtividade que compromete a saúde dos trabalhadores.
O assédio moral – prática de perseguições, humilhações e tratamentos desrespeitosos aos funcionários – tem sido denunciado com frequência aos dirigentes sindicais. “É inaceitável que as empresas venham tratando os trabalhadores como no começo da Revolução Industrial”, assevera Valdemir Santana.
José Rosha