Metalúrgicos sugerem que governo ‘confisque’ as fábricas de oxigênio medicinal

As fábricas engarrafadoras do oxigênio no Amazonas estão dando preferência para a indústria - foto: arquivo/recorte

Com alto índice de industriários contaminados pelo coronavírus, o Sindicato dos Metalúrgicos do Amazonas (Sindmetal-AM), sugere ao Governo do Estado que ‘confisque’ as fábricas engarrafadora de oxigênio medicinal, para salvar vidas, em vez de permitir a produção em larga escala do oxigênio industrial, que é destinado à fabricação de celulares, micro-ondas, motocicletas e outros eletroeletrônicos.


A posição do presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do Amazonas, Valdemir Santana, é de ‘apoio total ao governador Wilson Lima’, caso ele baixe um decreto para o confisco das empresas que estão mais preocupadas em fabricar gás industrial, do que o medicinal. “O governo tem que ser duro e exigir prioridade para o engarrafamento do oxigênio medicinal”, destaca o sindicalista.

De acordo com Santana, a preferência das engarrafadoras de oxigênio é atender as indústrias de celulares, micro-ondas, motocicletas, enquanto os próprios trabalhadores estão morrendo todos contaminados pelo coronavírus (Covid-19). “O governador terá apoio da classe trabalhadora, que está morrendo sem assistência”, acrescenta.

O presidente dos Metalúrgicos e CUT-AM, Valdemir Santana tem o apoio da classe trabalhadora para o confisco do oxigênio – foto: divulgação

Trabalhadores doentes

“O índice de trabalhadores doentes dentro do Distrito Industrial do Amazonas está muito alto. Há empresas com mais de 20% dos funcionários contaminados. Hoje, mais de 80% das empresas estão com problemas de infecção de Covid-19, sem ter programa preventivo que evite o alastramento da doença. Muitos já voltaram infectados das festas de fim de ano”, enumerou o presidente do Sindmetal-AM.

De acordo com o sindicalista, no ano passado as empresas ainda fizeram medidas preventivas. “Em 2020, as indústrias mandaram os trabalhadores para casa como forma de prevenção. Esse ano de 2021, isso ainda não aconteceu e muitos funcionários já morreram de covid-19”, ressaltou ao dizer que os diretores que atuam nas fábricas instaladas em Manaus não têm poder de mando para decidir sobre medidas preventivas emergenciais.

Hospitais particulares

Santana afirmou, ainda, que boa parte das internações nos hospitais particulares é formada por trabalhadores do Polo Industrial de Manaus (PIM), através dos planos de saúde fornecido pelas indústrias, aos trabalhadores.

“O faturamento do PIM é bilionário, mas os gestores das indústria no Amazonas não estão preocupados com a vida dos trabalhadores, mas apenas com o lucro imediato”, finalizou Valdemir Santana.

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