
O Governo do Estado, por meio da Agência de Fomento do Amazonas (Afeam), vem ajudando os empreendedores amazonenses a manter seus negócios ativos mesmo durante a crise do novo coronavírus. Ao todo, foram destinados R$ 90 milhões que serão investidos na economia por meio do Crédito Emergencial, iniciativa que oferece taxas de juros mais baixas e prazos flexíveis para profissionais autônomos, MEIs (microempreendedores individuais) e micro, pequenas e médias empresas.
O programa, que impulsionou, entre abril e julho, cerca de 3,6 mil negócios. Entre eles, o empreendimento do microempresário Aristóteles Assunção, proprietário de um mercadinho localizado na Travessa Anne, conjunto Ouro Verde, bairro Coroado III, zona leste de Manaus. Nascido no município de Manicoré, distante 332 quilômetros de Manaus em linha reta, e morando na capital amazonense há 32 anos, Aristóteles trouxe na bagagem o sonho de montar e consolidar o próprio negócio, feito conquistado em 2013.

O pequeno empreendedor recorreu a Afeam e com os investimentos feitos graças ao financiamento da Agência, viu o negócio aumentar o faturamento no final do mês. “Melhorou mais de, vamos dizer que, de 20% foi para 80%. Foi muito bom, graças a Deus, já tive queda, não foi só uma, mas duas. Mas sempre com a cabeça erguida para alavancar o meu negócio. Eu não esmoreço, não abaixo a cabeça e daqui para a frente é progredir muito mais”, diz.
A linha de crédito possibilita também o crescimento de diferentes setores, englobando serviços e comércio de produtos, incluindo atividades de estivas em geral, venda de confecção, perfumaria, restaurantes e lanchonetes, salão de beleza e transporte rodoviário. As condições especiais de financiamento foram prorrogadas até novembro.

A luta de Aristóteles, que saiu do interior em busca de melhores condições para a família em Manaus, também serve de incentivo para a jovem Ariana Caldeira (25), filha do microempreendedor. Ao lado da mãe e dos irmãos, ela ajuda o pai a manter o comércio funcionando de portas abertas e se diz orgulhosa das conquistas do patriarca.
Como boa parte dos empreendedores durante a pandemia da Covid-19, Aristóteles precisou fechar o comércio por dois meses. Para minimizar os impactos causados pelo período, ele recorreu ao Crédito Emergencial, conseguindo negociar suas dívidas e obter o recurso de forma facilitada, o que foi fundamental para não encerrar as atividades permanentemente.