Ministro anuncia que Eletrobras Distribuição Roraima será privatizada

Eletrobras Roraima enfrenta prejuízos bilionários/Foto: divulgação/FOLHABV
Eletrobras Roraima enfrenta prejuízos bilionários/Foto: divulgação/FOLHABV
Eletrobras Roraima enfrenta prejuízos bilionários/Foto: divulgação/FOLHABV

O ministro de Minas e Energia, Fernando Bezerra Coelho Filho, disse em entrevista à imprensa nacional, que o Governo Federal deve privatizar a Eletrobras Distribuição Roraima. Também serão privatizadas as distribuidoras do Acre e Rondônia. Para confirmar a informação, o governo do presidente em exercício, Michel Temer, publicou esta semana medida provisória modificando as regras para a privatização de empresas de energia, o que contribui para desburocratizar os leilões de transferência de controle.


Este ano também foi feito um aporte na Eletrobras de R$ 5,95 bilhões, que vai ajudar no processo de privatização, atender metas estabelecidas pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e fazer com que as empresas não percam a concessão. “Não é possível avaliar, neste momento, o valor de mercado das referidas distribuidoras, os potenciais interessados e o prazo para conclusão da venda”, explicou o ministro.

A Eletrobras Distribuição Roraima foi procurada pela reportagem, mas explicou que o processo de privatização está sendo conduzido pelo Ministério de Minas e Energia, e qualquer informação deveria ser obtida somente com o MME.

PERDAS – A venda da distribuidora vem sendo cogitada pela estatal desde 2013 como medida para reduzir custos. A Eletrobras vem passando por um processo de diminuição de gastos e melhoria da eficiência para se adaptar à nova realidade do setor elétrico brasileiro, após ter renovado concessões de geração e transmissão de energia de forma antecipada e onerosa, o que levou à redução da receita anual do grupo em cerca de R$ 8,7 bilhões.

SINDICATO – Como alternativa para manter a viabilidade econômica das empresas sem privatizar, os movimentos sociais propuseram a criação de uma holding de distribuição, ligada diretamente ao Ministério de Minas e Energia, com regras de funcionamento que possibilitem a blindagem das empresas públicas de interesses político-partidárias. A ideia é unificar de modo a agilizar a gestão dos recursos e a fiscalização.

Em Roraima, os urbanitários estão paralisados contra as privatizações que consideram um verdadeiro caos social. “Estamos fazendo manifestações e greve nacional em combate a pretensão de privatização por parte do governo. O prejuízo seria a demissão de milhares de trabalhadores, além da falta de acesso dos pobres para a energia, pois fica caro para o consumidor. A grande preocupação nossa é ocorrer com o setor elétrico um verdadeiro caos social”, explicou o diretor financeiro do sindicato, João do Povo.

(Folha Boa Vista)

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