
O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, afirmou hoje, sexta-feira (14), ter oferecido ao governo de São Paulo, apoio da Polícia Federal para ajudar a esclarecer a chacina registrada na noite de ontem, quinta (13) nas cidades de Osasco e Barueri, na Grande São Paulo.
Segundo a Secretaria de Segurança Pública do estado, os ataques resultaram na morte de 18 pessoas e deixaram sete feridos.
“Eu contactei o secretário de Segurança Alexandre de Moraes e coloquei à dispoisção a Polícia Federal naquilo que for necessário, mas São Paulo tem uma polícia competente”, afirmou o ministro após participar de evento nesta sexta em Brasília.
“A competência [para apurar os crimes] é estadual e, portanto, lá estão sendo feitas as investigações, mas, caso seja necessário, a Polícia Federal poderá apoiar em tudo aquilo que for solicitado pelas autoridades paulistas”, disse Cardozo.
Elo com morte de PM
Inicialmente, a secretaria de Segurança de SP chegou a incluir nos ataques uma morte em Itapevi, mas a relação foi descartada, segundo Alexandre de Moraes. A polícia apura se as mortes em Osasco e Barueri têm alguma relação com os assassinatos de um policial militar e de um guarda civil nos últimos dias na região.
Ao todo, segundo o governo de São Paulo, os ataques foram registrados em 11 locais. Foram encontradas cápsulas de revólver calibre 38, 380 e pistola 9 mm – esta última privativa das Forças Armadas.
Segundo Moraes, a perícia vai analisar as cápsulas para ver se os crimes teriam sido cometidos pelo mesmo grupo ou por grupos diferentes.
Na operação, trabalhará uma equipe de 50 policiais civis – sendo 30 do Departamento de Polícia Judiciária da Macro São Paulo (Demacro) e 20 do Departamento Estadual de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP). Além disso, 12 peritos e 8 médicos legistas ajudarão nas investigações.
Ataques ‘intoleráveis’
Hoje, o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), utilizou sua conta no microblog Twitter para dizer que são “intoleráveis” os ataques no estado.
“Meus sentimentos e total solidariedade aos familiares e amigos das vítimas. Estamos monitorando os acontecimentos desde a madrugada, dando prioridade máxima ao caso”, publicou o governador no Twitter.
“Criamos uma força-tarefa com 50 policiais civis, 12 peritos e 8 médicos legistas para que as investigações sejam feitas o mais rápido possível. Não vamos descansar até que os responsáveis sejam presos. Nenhuma hipótese está sendo descartada pelas investigações”, acrescentou.(G1)