
Os moradores da comunidade Novo Horizonte, no bairro Alvorada 1, na Zona Centro-Oeste de Manaus, denunciaram ao Correio da Amazônia a situação da antiga ‘Casinha de Saúde’ localizada na rua H. Segundo eles, o espaço que serviu como uma base do ‘Programa Médico da Família’ no período de cinco anos foi alvo de uma invasão irregular após a Secretaria Municipal de Saúde (Semsa) desativar a estrutura e disponibilizar um novo prédio situado na rua Independência para atendimento aos programas de saúde.
Durante este tempo, os moradores se reuniram diversas vezes para resolver o planejamento das atividades junto à Prefeitura de Manaus, levando até documentos assinados pelos residentes, até que representantes da Semsa do órgão municipal levaram a proposta para a construção no terreno de uma unidade de saúde, visando prestar melhores serviços à comunidade com ações no campo de saúde.
Com a entrega de uma Unidade Básica de Saúde (UBS) na prestação de serviços e atenção à saúde, a antiga estrutura passou a ser moradia de duas famílias, que segundo os comunitários foi alvo de uma ocupação irregular no início de outubro de 2017. Os moradores chegaram a questionar junto aos servidores da UBS sobre a existência dessas famílias no imóvel, mas foram informados que o antigo prédio estava sendo utilizado como depósito do Distrito de Saúde (Disa) da Semsa.
A dona de casa Rosenilda Gonçalves Batista, de 42 anos, moradora da comunidade, ressaltou que o terreno existe há mais de 25 anos e foi adquirido para construção de um Centro Comunitário na comunidade. O local seria utilizado pelos comunitários tendo como objetivo principal desenvolver e aprofundar valores, através de atividades comunitárias, assistenciais, culturais e profissionais.

“A comunidade cedeu o terreno para a prefeitura com a finalidade da construção temporária de uma ‘Casinha da Saúde’, durante o ‘Programa Médico da Família’. Com a instalação da nova ‘Casa de Saúde’, o local ficou fechado, mas acabou sendo invadido por essas famílias. Diante dessa situação, convidamos essas famílias para diversas reuniões com a presença de representantes da Semsa e do presidente da Câmara Municipal de Manaus, vereador Wilker Barreto, onde foram propostos o auxílio-aluguel e a inclusão no programa federal ‘Minha Casa, Minha Vida’, mas essas famílias não aceitaram. Agora, estamos reivindicando o terreno que pertence à comunidade”, disse.
À reportagem foi até a casa ocupada pelas famílias para ouvir a outra versão. De acordo com o desempregado Antônio Carlos Nogueira Vieira, de 35 anos, o local estava abandonado e fechado. Por falta de moradia e problemas de saúde com familiares, ocupou o espaço com a autorização da Semsa. Segundo ele, moradores da comunidade vêm hostilizando a permanência dele e de sua família na casa.
“Eu vim pra cá por necessidade mesmo com a minha família. Não tenho emprego e nem moradia. Quando vi o local abandonado não pensei duas vezes. Antes de entrar no imóvel procurei a Semsa, onde fui informado que o espaço pertence à Prefeitura de Manaus e que eu poderia ficar por tempo indeterminado até que a solução do problema fosse resolvido”, explicou o desempregado Antônio ao relatar que tem uma filha de seis anos com necessidade especial.
Obs.: aguardando resposta da assessoria de comunicação da Prefeitura de Manaus