
Nascida em 1° de outubro de 1955 na cidade de São Paulo, Selma Bustamante dedicou seus últimos 23 anos ao fazer artístico teatral na cidade de Manaus, a frente do Grupo Baião de Dois. Ela faleceu no início da madrugada desta terça-feira (5), em um hospital na capital paulista onde estava internada, após complicações de um câncer.
Selma foi uma das maiores incentivadoras da prática do teatro de rua e da pesquisa da linguagem clownesca no campo teatral. Além disso atuou como professora no Liceu de Artes e Ofícios Cláudio Santoro, Fundação Rede Amazônica e Colégio Dom Bosco. Ela era graduada em teatro pela Escola de Comunicação e Artes (ECA) da Universidade de São Paulo (Usp).
Em 2013 Selma Bustamante foi homenageada de honra no Festival de Teatro da Amazônia, o maior evento do gênero da região Norte. Neste mesmo festival, em 2009, Selma recebeu o prêmio de melhor atriz por sua atuação no espetáculo “Beckett Sem Palavras”. No entanto seu trabalho mais relevante em vida foi desenvolvido com a palhaça Kandura.

Como Kandura, Selma arrematou milhares de admiradores. No último ano ela lançou o documentário “Puranga Pesika”, ao lado do jornalista César Nogueira, que mostra o dia a dia do desenvolvimento do projeto “Escambo sem palavras”, realizado pela atriz em comunidades indígenas do Alto Rio Negro. Participava ainda ativamente do projeto Roda na Praça, ao lado de uma nova geração de palhaços, que em sua grande maioria ela ajudou a formar.
A atriz e diretora foi casada com o músico Edgard Lippo que faleceu em 2009. Eles não tiveram filhos. Seu velório acontece na manhã desta terça e seu corpo será cremado às 13h30 no Cemitério São Pedro, bairro Vila Alpina, em São Paulo.