Mova-se começa nesta quinta com muita dança, cinema e batalhas

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A edição do Mova-se: Solos, Duos e Trios 2018 e o Casarão de Idéias divulgam a programação do maior evento de dança do Norte do país, com eventos ligados a dança, o festival terá apresentações no Teatro Amazonas, Teatro Café Les Artistes, Largo de São Sebastião e Centro Cultural Casarão de Idéias (rua Barroso, 279, Centro), no período de 13 a 16 de setembro e com entrada franca.


Oito espetáculos foram selecionados de várias cidades do Brasil e serão apresentadas durante a realização do Festival. Abrindo a programação, na quinta-feira (13), a partir das 18h30, a Mostra Universitária apresenta o espetáculo “Eczema” (AM). A montagem traz técnicas em dança-teatro e movimentos de dança moderna, a obra pretende permear sobre a lógica de espaços abertos para sua fundamentação estética, e trás em cena reflexões de como sucedeu o descobrindo da doença até o momento de entendimento que a vida precisa seguir seu percurso.

Em seguida, a montagem “Meio Céu” (AM), de Reysson Brandão, o espetáculo propõe uma reflexão filosófica a respeito da missão, vocação e realização de indivíduos, lidando ainda com objetivos e aspirações, além de esbarrar pessoas que possam ter poder e influência sobre todo a trajetória.

Às 19h30, o grupo mineiro Duna Dias Viana, apresenta “Queda da Própria Altura”, dirigido por Leonardo Augusto e Heloisa Rodrigues. Nele, a proposta é fazer um questionamento sobre cultura popular brasileira em uma visão contemporânea. A interface entre lugares muitas vezes distantes. O resgate de memórias e imagens. O urbano e o rural começam a se encontrar.

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A última apresentação da noite será “Enchente” (PE), ás 21 horas. O trabalho propõe a realização de um estudo transdisciplinar que articula o conto “A Enchente” de Hermilo Borba Filho, a performance e o vídeo. A proposta compartilha alguns procedimentos deste fazer e o desenvolvimento do processo criativo. A Enchente é a metáfora para as catástrofes humanas atuais: migratórias e econômicas, a globalização da indiferença e o fracasso do mundo capitalista desenvolvido.

Batalha Free Style

O Mova-se na Rua – 2018 acontece dentro da programação o IX Mova-se e acontece nos dias 14 e 15 de setembro, às 18h. no Largo de São Sebastião. Serão 16 duplas combatentes, sendo que uma dupla competidora é a vencedora do festival Viva Dança, realizado na Bahia.
Na batalha deste dia, serão classificados oito pares para a próxima etapa. A final acontece no palco do Teatro Amazonas.

A premiação para o primeiro lugar será um troféu, mais R$ 1,5 mil em dinheiro e representação do Estado do Amazonas no Festival de Salvador em 2019. A dupla que ficar em segundo arrebatará R$ 1 mil e terceiro lugar recebe premiação R$500 mil.

Mova-se Internacional

A grande novidade para esta edição, será a apresentação de uma companhia internacional. A Cia. Um Gramo Dança, da Venezuela, foi convidada par apresentar o espetáculo “Em Construção”, ele tem a direção de Pedro Alcalá e apresenta um conceito baseado na construção das relações humanas. Sua composição espacial, por meio de corpos interpretativos do discurso pós-moderno; a improvisação e o contato como ferramentas físicas da linguagem e o discurso conceptual.

O espetáculo foi concebido através de uma proposta cênica sob os códigos e preceitos da Nova Dança: projeto de investigação do grupo nos últimos 14 anos.

Todo preparado no improviso, “Em construção” é encenado pelos dançarinos Pedro Alcalá e Alexana Jimenez, com músicas Magnética e a produção de 3 Fases Consultoria Artística

“Urrou” na Sessão Tarja Preta

A sessão mais aguardada em todos os Mova-se é a “Tarja Preta”, que este ano ficará a cargo da companhia paulista “Mônica Alvarenga”, que apresentará o espetáculo “Urrou”, na sexta-feira (15), no Casarão de Idéias.

Urrou é um trabalho contemporâneo que propõe dialogar com as fronteiras entre danças, teatro e performance, num manifesto ritual, poético e político. O espetáculo é inspirado no culto do Boi Áspi do Antigo Egito e no arcabouço do Bumba Meu Boi, fazendo uma conexão do arcaico com o novo, do antigo com o moderno, do sagrado com o profano.

A pesquisa nasceu durante o curso de formação em Laban e a Arte do Movimento com Denise Telles durante o ano de 2017 e 2018, onde a proposta da intérprete é Corporificar e não Incorporar a figura mitológica e totêmica do Boi. Uma mulher personificando a figura masculina do boi? Sim, Urrou, vem retratar o empoderamento, a resistência e a força do feminino.

A ficha técnica conta com a direção artística e cenário de Ederson Cleiton, direção coreográfica de Mônica Alvarenga, criadora intérprete, figurinos criados e idealizados por Mônica Alvarenga, produção: Ederson Cleiton E Mônica Alvarenga, iluminação e operação de luz: Ederson Cleiton e operadora de som: Beatriz Mainara.

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