
Agência Estado
A defesa do ex-ministro José Dirceu informou, nesta quarta-feira (9), que o MPDF (Ministério Público do Distrito Federal) pediu a quebra do sigilo das ligações de celular feitas na área do Palácio do Planalto, em Brasília.
De acordo com a defesa de Dirceu, a petiçao foi apresentada ao STF (Supremo Tribunal Federal) e faz parte da investigação para apurar se o ex-ministro usou celular dentro do Complexo da Papuda, no Distrito Federal.
A assessoria do órgão disse que vai se manifestar apenas no processo.
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Para investigar se Dirceu falou com alguém pelo telefone celular, o MP pediu ao Supremo a quebra do sigilo das ligações telefônicas dos envolvidos. Os promotores forneceram as coordenadas geográficas da região, indicando a longitude e latitude das áreas onde as ligações teriam ocorrido.
Uma das coordenadas está localizada no CIR (Centro de Internamento e Reeducação), onde o ex-ministro está preso. O outro local, de acordo com a defesa, é o Palácio do Planalto. Para justificar a afirmação sobre as localizações, a defesa anexou laudo de um engenheiro agrônomo.
Na mesma petição, a defesa de Dirceu refirmou que o ex-ministro não falou ao celular e pediu que a autorização de trabalho externo seja concedida. Também foram anexadas as contas de celular de James Correia, secretário da Indústria, Comércio e Mineração da Bahia, suspeito de ter conversado com Dirceu.
Segundo reportagem do jornal Folha de S.Paulo, publicada em janeiro, Dirceu conversou por telefone celular com Correia. De acordo com a matéria, a conversa se deu por intermédio de uma terceira pessoa que visitou Dirceu.
Na ocasião, a defesa do ex-ministro negou que a conversa tenha ocorrido, mas a Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal abriu processo administrativo para investigar o caso.