MPT pede na Justiça interdição das obras do aeroporto de Manaus

Fiscalização do MPT nas obras do aeroporto de Manaus/Foto: Divulgaçao

Obras do aeroporto fiscalizadas pelo MPT/Foto: Divulgação


Fiscalização do MPT nas obras do aeroporto de Manaus/Foto: Divulgaçao

O Ministério Público do Trabalho no Amazonas (MPT 11.ª Região), ajuizou na tarde de ontem (17), medida cautelar inominada em face do consórcio grupo Encalso, Engevis e Kallas, responsável pelas obras de ampliação e reforma do aeroporto internacional Eduardo Gomes, em Manaus.

Na ação, os procuradores do Trabalho Jorsinei Dourado do Nascimento, Renan Bernardi Kalil, Maria Nely Oliveira e Ana Raquel Sampaio Pacífico pedem, em caráter liminar, a interdição judicial de todo o trabalho realizado em altura (risco de queda) nas obras do aeroporto.

Os procuradores pedem ainda que as atividades só sejam retomadas quando um perito judicial certificar o cumprimento das normas de segurança por parte da empresa contratada.

Para os procuradores do Trabalho, a interdição faz-se necessária diante do risco iminente de queda ao qual os operários estão expostos. “Os trabalhadores que executam suas atividades acima de 2,0 m (dois metros) no canteiro de obras, estão em iminente risco de queda devido à ausência de linha de vida em muitos pontos da laje da obra. Outros pontos apresentando linhas de vida irregulares, com pontos de ancoragem sem resistência (tombados), amarrações de cabos de aço inadequadas”, explicam Jorsinei, Renan, Maria Nely e Ana Raquel.

Durante fiscalização promovida por meio de Força-Tarefa do Projeto “Construir com Dignidade” da Coordenadoria Nacional de Defesa do Meio Ambiente do Ministério Público do Trabalho, realizada na quarta-feira passada, 15, foram constatadas diversas irregularidades no canteiro de obras do aeroporto internacional como a falta de fornecimento de equipamentos de proteção individual, problemas com fiações elétricas, isolamento inadequado de materiais, fiação submersa, máquinas de serra em exposição.
O consórcio tem hoje, oitocentos e trinta e dois operários trabalhando no canteiro de obras do aeroporto, sendo trezentos e um terceirizados de quarenta empresas diferentes.

A terceirização precária foi outro problema constatado, já que os trabalhadores estão sofrendo, também com o atrasado dos salários. “Geralmente, as empresas contratadas na terceirização ou quarteirização, não possuem idoneidade financeira para honrar os compromissos junto aos trabalhadores e, principalmente para oferecer medidas de saúde e segurança dos trabalhadores nos canteiros de obras”, explicou Jorsinei Nascimento.

Caso o consórcio descumpra a interdição judicial, o MPT pede ainda que seja arbitrada multa no valor de cinquenta mil reais (R$ 50.000,00) por dia.

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