Mulheres no foco da campanha mundial contra o Diabetes

Dia Mundial do Diabetes/Foto: Divulgação

O número de diabéticos no Brasil cresceu 61,8% nos últimos 10 anos, saltando de 5,5% em 2006 para 8,9% em 2016. No mesmo período, os registros entre as mulheres pularam de 6,3% para 9,9%, enquanto entre os homens foram de 4,6% e 7,8%, segundo dados divulgados neste ano pelo Ministério da Saúde.
Por conta disso, em 2017, ‘elas’ são o foco do Dia Mundial do Diabetes, lembrado nesta terça-feira, 14 de novembro, cujo tema é ‘Mulheres e Diabetes: nosso direito a um futuro saudável’.


“A estimativa das autoridades de saúde é de que existam cerca de 16 milhões de diabéticos no país, sendo que a metade não sabe que têm o problema. Além disso, mais de 50% não trata a doença de forma adequada”, comenta a endocrinologista Dorothy Aguiar, consultora médica do Laboratório Sabin.

Ainda conforme a especialista, sem o devido tratamento, a doença pode trazer ao paciente complicações bem graves. Entre elas: infartos, AVC (Acidente Vascular Cerebral), arterioesclerose – que é o acúmulo de placas de gordura nos vasos sanguíneos com oclusão dos mesmos-, retinopatia – causadora de cegueira -, e nefropatia, atualmente uma das maiores causadoras de insuficiência renal crônica.

“Conviver com o diabetes não é fácil, por isso é importante o acompanhamento adequado e, principalmente, o diagnóstico precoce”, orienta Dorothy Aguiar, enfatizando que, em geral, o diabetes é uma doença silenciosa e assintomática.

Dia Mundial do Diabetes/Foto: Divulgação

A consultora do Sabin explica que o diabetes decorre da falta de insulina ou da incapacidade desse hormônio – produzido pelo pâncreas – exercer adequadamente sua função, o que causa o excesso de glicose no sangue, caracterizado como diabetes.

“Existem duas principais formas de diabetes: o tipo 1, de caráter genético e que geralmente acomete pessoas mais jovens, incluindo crianças, e o tipo 2, adquirida ao longo da vida, principalmente, pelos maus hábitos alimentares e sedentarismo”, detalha.

Risco
Dorothy Aguiar alerta também que a obesidade é um dos principais fatores de risco do diabetes tipo 2. “Atualmente, 18,9% da população brasileira está obesa e em Manaus 20,3% sofrem com o problema, daí a importância de cuidarmos melhor da alimentação – evitando as gorduras e frituras -, e investirmos mais nos exercícios físicos. Não precisa muito, 20 minutos diários de caminhada já farão muita diferença”, orienta.

Dados da Sociedade Brasileira de Diabetes apontam que, aproximadamente, 40 milhões de brasileiros são pré-diabéticos e cerca de 25% desse número se tornarão diabéticos nos próximos cinco anos.

Por meio de testes de glicemia e hemoglobina glicada é possível detectar se a pessoa é portadora ou não da doença. Basta uma amostra de sangue para fazer o diagnóstico. Além disso, os exames são muito precisos e podem ser realizados em qualquer faixa etária.

 

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