

Representantes de 23 municípios do interior do Amazonas participaram de treinamentos, encerrado ontem (27), para operar o Sistema de Atendimento à Mulher (SAM), desenvolvido pela empresa Processamento de Dados Amazonas (PRODAM), que permite a interação entre os Centros Especializados de Referência de Assistência Social (CREAS).
“Com o sistema funcionando de forma integrada, com informações da capital e do interior, será possível implantar e ampliar políticas públicas de atendimento à mulher vítima de violência doméstica”, explicou o diretor presidente da PRODAM, Tiago Monteiro de Paiva.
De acordo com a coordenadora dos serviços de Atenção em Defesa dos Direitos da Mulher, da Secretaria de Estado de Assistência Social e Cidadania (SEAS), Keyth Fabíola Bentes, com o treinamento será possível ampliar, para o interior do Estado, o alcance da ferramenta, que desde o ano passado já está sendo utilizada em Manaus. Keyth Fabíola Bentes explica que o gerenciamento eletrônico e a rede integrada de informações possibilita o controle dos atendimentos e o aperfeiçoamento dos serviços prestados. “O sistema permite, entre outras coisas, o acesso a uma série de informações sobre cada atendimento realizado, e o compartilhamento entre os Centros Especializados”, ressaltou. A coordenadora informa que após o treinamento, os representantes se tornarão multiplicadores em seus municípios.
Funcionando desde o ano passado em Manaus, o SAM tem apresentado ótimos resultados, segundo Keyth Fabíola Bentes. Agora, diz ela, os dados sobre a violência doméstica estão concentrados. “Uma das nossas dificuldades era ter dados fidedignos em relação à violência contra a mulher no Amazonas. Isso porque as informações estavam isoladas, em cada centro. Esperamos que agora seja possível ter esses dados concretos, também nos municípios do interior”, disse.
O SAM tem como uma das suas funcionalidades principais, proporcionar o registro de todo o atendimento à vítima de violência. O sistema armazena informações pessoais da vítima e do agressor, relação entre ambos, situação socioeconômica da família e estrutura social e urbana da área em que residem, histórico de saúde física e psicológica da vítima e da sua família, pareceres técnicos, situações de abrigo na Rede Mulher, encaminhamentos entre instituições e acompanhamento de evolução do caso de violência. O sistema também provê uma agenda de atividades prestadas pela Rede Mulher e diversas estatísticas relacionadas aos serviços prestados.
A Rede Mulher, como é denominada no Estado do Amazonas, possui uma estrutura representada na esfera executiva federal pela Secretaria de Políticas para as Mulheres. Esta rede é formada por instituições que exercem um conjunto de ações e serviços públicos especializados de diferentes setores, principalmente, da assistência social, da justiça, da segurança pública e da saúde.